Os enfartes do miocárdio e os acidentes vasculares cerebrais (AVC) são responsáveis por cerca de 40 por cento dos óbitos em Portugal.
Grande parte destas mortes poderia ser evitada através do controlo dos principais factores de risco: sedentarismo, tabagismo, dislipidémia, hipertensão, obesidade, entre outros. É aqui que o médico de família pode desempenhar um papel fundamental. O controlo dos factores de risco é uma arma potente para a redução das complicações fatais e não fatais das doenças cardiovasculares.
O alerta é da campanha “Idade das Artérias”, que estará presente nas XXII Jornadas de Actualização Cardiológica do Norte para Medicina Geral e Familiar, que se realizam de 19 a 21 de Janeiro, no Sheraton Porto Hotel. A “Idade das Artérias” irá, no decorrer deste encontro, alertar para a necessidade de identificação dos factores de risco cardiovascular e para a importância do papel do médico de medicina geral e familiar nesta tarefa.
Esta campanha pretende ainda sensibilizar o público para a aterosclerose, principal factor de desencadeamento de doença cardiovascular. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que no mundo morrem todos os anos aproximadamente 17 milhões de pessoas em consequência de doenças cardiovasculares.
Ainda de acordo com esta entidade, prevê-se que, em 2030, quase 23,6 milhões de pessoas morrerão devido a estas doenças. As doenças cardiovasculares têm igualmente um forte impacto económico. Em 2003, os custos na União Europeia relacionados com a doença cardiovascular atingiram os 169 mil milhões de euros.
Nos EUA estes valores representaram cerca de 310 mil milhões de euros. Comparativamente, os custos com o tratamento do cancro e infecções pelo HIV não atingem os 150 e 23 mil milhões de euros, respectivamente. Um sistema de prevenção da doença CV, baseado numa intervenção atempada, em contexto de cuidados de saúde primários, pode assim desempenhar um papel fundamental na redução dos custos associados às doenças cardiovasculares.
A Idade das Artérias é uma campanha nacional promovida pela Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (SPA), a Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral (APMCG) e a AstraZeneca. Nesta acção é utilizado um equipamento que permite, através da medição de vários parâmetros, saber se as artérias têm uma idade superior ou não à idade cronológica.
19 de janeiro de 2011
Fonte: Speedcom
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