"Falei com ele ontem [quinta-feira]. Está muito bem e, obviamente, a recuperar", disse Hancock em entrevista à Sky News.
O ministro não confirmou, porém, as informações do jornal The Telegraph, segundo as quais Boris Johnson, atualmente substituído pelo ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, voltaria ao trabalho já na próxima segunda-feira.
"Estou certo de que voltará assim que os seus médicos recomendarem", comentou o ministro da Saúde.
"Ainda não foi tomada a decisão, mas pode receber telefonemas e permanecemos em contacto", acrescentou.
Segundo o seu porta-voz, Boris Johnson, de 55 anos, conversou esta semana com o presidente americano, Donald Trump, e com a rainha Isabel II.
O primeiro-ministro britânico deixou o hospital a 12 de abril e recupera da doença em Chequers, a casa de campo dos chefes de governo britânicos, juntamente com a noiva, Carrie Symonds, que está grávida.
"Estava muito bem. De facto, surpreendeu-se", disse Trump em conferência de imprensa. "É como o velho Boris. Energia fenomenal. Dinamismo fenomenal", afirmou.
Apesar da crescente pressão, mesmo nas fileiras conservadoras, o governo exclui por enquanto qualquer flexibilização do confinamento.
A medida foi instaurada em 23 de março e deve ser prolongada por pelo menos duas semanas.
Desde que foi detetada na China, em dezembro passado, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 190 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios, segundo um balanço da AFP. Mais de 708 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 820 pessoas das 22.353 confirmadas como infetadas, e há 1.143 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
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