O governo dos Estados Unidos informou que pelo menos 16 funcionários foram afetados por incidentes sonoros em Havana, mas não detalhou o alcance dos danos sofridos.
No entanto, a American Foreign Service Association, um poderoso sindicato da Diplomacia americana, explicou em comunicado que "os diagnósticos incluem ligeiras lesões cerebrais de origem traumática e perda permanente de audição, de equilíbrio, fortes enxaquecas, problemas cognitivos e edemas cerebrais".
O Departamento de Estado atribuiu responsabilidades ao governo cubano, que é responsável pela segurança dos diplomatas na ilha, embora não tenha especificado quem está por trás dos ataques "sem precedentes".
Dispositivo ultrasónico
Entretanto, funcionários norte-americanos contaram à imprensa que foi usado algum tipo de dispositivo ultrasónico para prejudicar a saúde dos funcionários. A porta-voz da Diplomacia americana, Heather Nauert, disse na semana passada que os ataques parecem ter terminado, embora a investigação ao caso continue.
Alguns dos 16 diplomatas atingidos foram levados para Miami onde estão a receber tratamento hospitalar, enquanto outros foram visitados por médicos norte-americanos que viajaram para Havana.
O Canadá também informou que um dos dos seus diplomatas em Cuba sofreu perda auditiva e disse estar a trabalhar "ativamente" para averiguar o ocorrido.
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O governo de Raúl Castro negou categoricamente ter maltratado qualquer diplomata, afirmando que estava a investigar os "incidentes" relatados em fevereiro.
Os Estados Unidos e Cuba retomaram as suas relações diplomáticas em 2015 depois de meio século de rutura, mas a aproximação sofreu um retrocesso com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, partidário de uma linha mais dura com o governo da ilha.
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