14 de janeiro de 2014 - 10h44
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) solicitou às administrações hospitalares informações sobre os tempos de espera para atendimento nas urgências e disse que até ao momento não teve conhecimento “oficial” de dificuldades.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da ARSLVT, Luís Cunha Ribeiro, disse que “até ao momento está tudo a funcionar normalmente” e que já há algum tempo solicitou informações às direções dos hospitais sobre os tempos de espera e a resposta à procura.
“Funciono com números e não com bocas” disse Luís Cunha Ribeiro, garantindo que, até ao momento, não há indicações de situações anormais ao nível do tempo de espera.
Questionado sobre notícias que dão conta de tempos de espera na ordem das 20 horas em alguns hospitais da região da ARSLVT, Cunha Ribeiro alegou que tem conhecimento de, pelo menos, uma instituição – o Centro Hospitalar de Lisboa Norte – em que está “tudo normal”.
Sobre outras instituições com situações mais complexas, como o Hospital Amadora-Sintra, que está com a direção das urgências demissionária, ou o Garcia de Orta, em Almada, com elevados tempos de espera, Luis Cunha Ribeiro alegou desconhecer oficialmente qualquer complicação.
“Só funciono com dados oficiais”, acrescentou.
Na segunda-feira à noite soube-se que a direção das urgências do Amadora-Sintra pediu a demissão, uma situação que se manteve apesar do reforço por parte da administração do hospital das equipas de urgência com mais seis médicos.
Também na segunda-feira, o Ministério da Saúde informou que, “contrariamente ao noticiado, não há roturas nos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), embora haja, como ocorre sempre, naturalmente, nesta época do ano, aumentos dos tempos de espera nas gravidades «verdes» e «amarelas»”.
O Ministério da Saúde anunciou ainda que os casos de longos tempos de espera em unidades de saúde, noticiados pela comunicação social, irão ser “confirmados”.
“Se a procura persistir, serão tratados com medidas apropriadas e que são adotadas todos os anos”.
Contactada pela Lusa, fonte da Linha Saude 24 disse que durante o dia de segunda-feira este serviço público de triagem recebeu mais uma centena de chamadas do que a média diária (2.000).
Lusa