Ao lado do marido geógrafo Miguel Fernandes, lançou a Habitat Saudável, o único gabinete de arquitetura a "curar lugares doentes" para garantir a saúde e o bem-estar de quem lá mora.

A empresa surgiu, assim, em 2014 com o objetivo de avaliar a saúde de habitações, empresas, espaços comerciais, clínicas, hospitais e até jardins. Locais com níveis elevados de humidade relativa, ruído e campos eletromagnéticos, instalações elétricas mal concebidas, quartos com paredes contíguas às cozinhas, iluminação desadequada, falta de conforto térmico, qualidade do ar deficiente e ausência de espaços verdes podem induzir e acelerar processos de degeneração e distúrbios de saúde, defendem, ambos residentes em Vila do Conde.

Em comunicado, a Universidade do Minho adiante que há pais a solicitar os serviços da Habitat Saudável porque os filhos têm insónias ou falta de concentração.

Segundo a arquiteta, basta alterar a posição da cama, aplicar materiais isolantes para diminuir os ruídos, comprar plantas que contribuam para a regulação da temperatura e humidade, utilizar materiais naturais na construção da casa ou evitar a presença de aparelhos que emitam radiações para melhorar a sensação de bem-estar dentro de casa.

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O projeto assenta no conceito de arquitetura integrativa, ligando a construção de casas à geobiologia e à biohabitabilidade (criação de bons sítios para se viver e trabalhar), à biogeometria, à sustentabilidade e ao feng shui.

Os espaços podem ser criados de raiz ou visitados para um estudo geobiológico, que inclui a análise da área envolvente ao imóvel e a medição de parâmetros de ordem ambiental, como a radioatividade, os campos eletromagnéticos de alta e baixa frequência, os níveis de monóxido de carbono, a qualidade do ar interior e a deteção de perturbações geobiológicas.

"A partir dos resultados obtidos é desenvolvido um relatório com imagens, plantas arquitetónicas, tabelas, cálculos e indicações precisas de como transformar uma casa ‘doente’ num espaço saudável", diz Marcelina Guimarães, de 33 anos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 30% das habitações têm potencial para causar doenças. A percentagem sobe para 60% quando se tratam de construções empresariais. "São dados preocupantes, sobretudo por ainda haver tanta gente sem noção disso. A boa notícia é que todos os espaços têm geralmente solução", conclui Miguel Fernandes.

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