Embora ainda não tenha sido alvo de revisão científica nem sequer divulgado por qualquer publicação especializada, um medicamento experimental contra o alzheimer, que integra uma substância biológica chamada donanemab, tem apresentado resultados considerados promissores na segunda fase de ensaios clínicos. Desenvolvido pela empresa farmacêutica americana Eli Lilly, o fármaco atrasa o declínio cognitivo em pacientes com a doença em cerca de 32%, apuraram os investigadores que os conduzem.
Batizada Trailblazer-Alz, a segunda etapa de ensaios clínicos em 273 voluntários humanos numa fase inicial de evolução da doença tem a duração de três anos e, até agora, já permitiu apurar que este novo anticorpo monoclonal atua contra a proteína beta-amiloide, na origem da formação de placas no cérebro que está na origem da patologia. "Este mecanismo único tem o potencial a remover de forma durável após uma dosagem de duração limitada", garante Daniel Skovronsky, diretor científico da empresa.
"Os resultados positivos que temos obtidos dão-nos confiança no medicamento que temos em mãos", assume o investigador. A segunda fase de ensaios clínicos do donanemab arrancou no início de 2020 e prolonga-se durante, pelo menos, mais dois anos. Até 2023, a empresa conta testar o medicamento em cerca de meio milhar de voluntários. Depois da fase dois, seguir-se-à a fase três da avaliação, pelo que, mesmo que a atual perspetiva se mantenha, o fármaco não chegará ao mercado antes de 2028.
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