
"O nosso objetivo é que os doentes graves sejam tratados da melhor maneira possível", disse Hermann Groehe, que vai apresentar ao executivo alemão, na quarta-feira, um projeto-lei nesta matéria.
O projeto-lei alemão irá ao encontro de leis já aplicadas em outras partes do mundo que prevêem o uso medicinal da canábis para aliviar o sofrimento de doenças como cancro, glaucoma, síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA), hepatite C, Parkinson e outras doenças graves.
No entanto, a questão do consumo recreativo e medicinal da canábis gera controvérsia em muitos países.
Muitas pessoas temem a vertente criminal regularmente associada ao consumo de drogas e à toxicodependência, enquanto outras vozes argumentam que o uso da canábis pode levar à dependência de drogas mais pesadas.
O ministro da Saúde alemão reconheceu que a canábis "não é uma substância inofensiva", precisando que estará disponível em farmácias e que só poderá ser adquirida com receita médica.
Até à criação de plantações devidamente supervisionadas, a Alemanha vai importar "marijuana medicinal", acrescentou Hermann Groehe.
"Sem querer antecipar o trabalho do Bundestag (câmara baixa do Parlamento), é provável que a lei entre em vigor na primavera de 2017", referiu ainda o ministro, em declarações ao diário alemão Die Welt.
A legislação vai permitir a compra (sob prescrição médica) de canábis (e extratos derivados) em farmácias, com a comparticipação do Estado.
Até agora, a prescriação de canábis na Alemanha carecia de uma autorização especial das autoridades e era apenas permitida a sua administração a um grupo restrito de doentes.
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