Investigadores do Masonic Cancer Center da Universidade do Minnesota, nos Estados Unidos, concluíram que os cigarros eletrónicos libertam químicos que entram na circulação sanguínea e que podem danificar o ADN e causar cancro.

Testes daquele centro de investigação detetaram a presença de metanal, acroleína e metilglioxal na saliva de cinco consumidores de cigarros eletrónicos recrutados para um estudo preliminar. Em quatro dos cinco participantes verificaram-se danos no ADN da mucosa da boca relacionados com a exposição à acroleína.

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Embora concorde que estes cigarros eletrónicos "são mais seguros do que os normais", a investigadora responsável pelo estudo, Silvia Balbo, comenta que "não basta dizer que alguma coisa é boa só porque não é assim tão má".

 Mais estudos

A cientista frisa que o estudo, por si só, não é suficiente para provar que os cigarros eletrónicos causam cancro e sugere, por isso, mais estudos para validar o resultado. Romel Dator, co-autor da mesma publicação e investigador de pós-doutoramento daquela universidade, admite em comunicado que "os cigarros eletrónicos são uma tendência popular, embora os efeitos a longo prazo sejam desconhecidos", escreve a revista Newsweek.

"Queremos caracterizar os produtos químicos aos quais os fumadores estão expostos, bem como qualquer dano potencial para o ADN", acrescentou durante a apresentação do referido estudo no 256.º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Químicos  (ACS).

Na semana passada, uma outra investigação publicada no jornal científico "Thorax" mostrou que a utilização de cigarros eletrónicos causava inflamação e danos nas células do sistema imunitário dos pulmões.

Em junho, um estudo publicado na revista científica "Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology" informava que os cigarros eletrónicos são prejudiciais para as células dos vasos sanguíneos, podendo desencadear eventos cardiovasculares.