Se quiser que o adolescente lá de casa coma de forma saudável, dizer-lhe que isso é bom para o seu futuro não vai resultar.

Mude de estratégia. Desafiar o lado rebelde ou ao fator de "justiça social" na adolescência pode ajudar a motivar os adolescentes a adotarem uma dieta saudável, de acordo com um estudo norte-americano que dita novas formas de combate à obesidade e outros problemas metabólicos na adolescência.

A investigação sugere que informar os jovens sobre a manipulação inerente à indústria alimentar processada pode, por exemplo, reduzir a preferência por bebidas açucaradas e snacks calóricos, explica David Yeager, co-autor do estudo da Universidade do Texas em Austin, citado pela Guardian.

Publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas conduziram dois estudos que avaliaram em conjunto 536 crianças em idade escolar - entre os 13 e os 15 anos.

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Pelos alunos foi distribuído aleatoriamente material que salientava os benefícios a longo prazo da alimentação saudável ou informação sobre de que forma a alimentação é desenhada para causar adição. Um terceiro grupo não recebeu qualquer tipo de informação.

Os alunos foram ainda convidados a escrever sobre o tema. No dia seguinte, num evento à parte, foi distribuído um snack à escolha como recompensa pelo esforço exercido.

Entre os alunos que estiveram nos grupos de trabalho que recebeu material sobre os aspetos negativos da indústria alimentar, 43% preferiam apenas snacks pouco saudáveis contra 54% dos alunos que estavam nos outros dois grupos.

Durante o questionário, os alunos que foram informados acerca da manipulação industrial dos alimentos estavam também mais propensos a concordar com afirmações como "quando eu como saudável, estou a ajudar o mundo a ser um lugar melhor".

De acordo com os autores do estudo, contrariar a indústria alimentar aumenta a sensação de rebeldia, o que pode ajudar os adolescentes a adotar estilos de vida saudáveis.

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