Erin Gilmour, uma estudante de 22 anos, e Susan Tice, uma mãe de 45, foram esfaqueadas até à morte nas suas residências em Toronto com quatro meses de diferença, após terem sido agredidas sexualmente.

Quase quatro décadas depois, os "avanços científicos" permitiram à polícia de Toronto deter Joseph George Sutherland, declarou o inspetor Steve Smith em conferência de imprensa.

Após relacionar os dois homicídios no ano 2000 através do ADN do suspeito, recolhido no local dos factos, as autoridades usaram a genealogia genética "para identificar uma família" e, assim, "reduzir o número de suspeitos", disse Smith.

Este método de investigação consiste em comparar o ADN de um suspeito com a árvore genealógica de um parente distante.

"Se não tivéssemos usado essa tecnologia, nunca teríamos chegado ao seu nome", explicou Smith, acrescentando que nunca se havia suspeitado de Sutherland.

"Este é um dia que a nossa família esteve à espera durante quase toda a vida", disse Sean McCowan, irmão de Erin Gilmour.

"De certo modo, é um alívio que alguém tenha sido detido. Mas também me traz muitas lembranças de Erin e do seu assassinato brutal e absurdo", acrescentou.

Aspirante a estilista, Gilmour era filha de David Gilmour, cofundador da Barrick Gold, uma das maiores companhias de mineração de ouro do mundo.

Ela não tinha vínculos com a segunda vítima, Susan Tice, uma terapeuta familiar e mãe de quatro filhos, segundo a polícia.

Joseph George Sutherland, atualmente com 61 anos, terá que se apresentar ao tribunal no início de dezembro para responder a uma acusação de homicídio em primeiro grau.

Ele também poderia estar ligado a outros casos em aberto, afirmaram as autoridades, que continuam com as investigações.