
Aos 48 anos este ex líder sindical de Inverkeithing, na Escócia, ainda está em fase recuperação desde a última cirurgia que fez há dois anos.
Kevin O'Neill tem um miopericitoma, um cancro muito raro, e já passou por cinco grandes operações para remover vários tumores. O primeiro a ser detetado era benigno, mas o último já era cancro. "Se eu tivesse recusado fazer a cirurgia, o tumor ter-me-ia matado", disse em entrevista à BBC.
Kevin O'Neill foi submetido a uma operação para remover a massa tumoral que demorou 12 horas e o atirou para um coma induzido de quase três dias.
Na cirurgia realizada em outubro de 2015 a extensão do cancro obrigou a remover algumas costelas e parte do esqueleto do ombro direito. Os cirurgiões admitiram nunca ter visto um tumor daquele tamanho: tinha o peso de um bebé recém-nascido e a circunferência de um prato.
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As amostras do tumor foram analisadas em Edimburgo e depois enviadas para o Centro de Cancro da Escócia. Em seguida, voaram para os Estados Unidos. O diagnóstico foi positivo para um miopericitoma maligno.
Trata-se de uma doença frequentemente confundida com outro tipo de cancro, o sarcoma, que produz tumores malignos em diferentes tecidos do corpo humano, como ossos e músculos. Um mês depois da cirurgia, Kevin O'Neill recebeu um telefonema do seu oncologista: o médico informou-o que existiam apenas 15 pessoas no mundo com miopericitoma e ele era um deles.
Apesar de se ter envolvido em grupos de apoio a doentes com cancro, sentiu-se sempre "aquele gajo que tem um cancro que ninguém sabe pronunciar". Por isso, criou um blogue e uma página no Facebook com o objetivo de encontrar as outras 14 pessoas com a mesma doença.
O seu desejo é criar um fórum em que essas pessoas possam conversar umas com as outras e trocar informações e experiências sobre a doença. "Como é uma doença muito rara, não há ninguém com quem se possa conversar", afirmou Kevin.
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