Mais de metade dos portugueses (61%), entre os 18 e os 69 anos de idade, sofre de perturbações do sono. Destes, apenas três em cada 10 procura produtos para contornar este problema. As mulheres dizem sentir-se mais afetadas (52%), revelam dados de um estudo de 2022.
Os distúrbios do sono podem ser causados por insónias, sensação de não descansar, acordar várias vezes durante a noite, demorar a adormecer, acordar muito cedo ou sentir uma sensação constante de jet lag.
As perturbações do sono são, maioritariamente, resultantes do “stress”, das “obrigações do quotidiano” e do “excesso de trabalho” e, entre as faixas etárias inquiridas, são os adultos quem mais diz sentir esta responsabilidade a nível profissional. Os idosos indicam a “idade” e a “redução da atividade física” como responsáveis por estas perturbações. Já quem está agora a iniciar a vida laboral, caracterizada por mudanças e exigências a nível profissional e pessoal, diz sentir que as “relações pessoais”, as “obrigações do quotidiano” e o “stress” são os fatores desencadeadores de distúrbios do sono. “Ter atravessado ou estar a atravessar uma fase difícil” são também indicados como motivos de distúrbios do sono.
Ainda que os fatores de perturbações do sono variem de acordo com a faixa etária e fase da vida dos indivíduos, o “stress” e o “excesso de trabalho” são apontados como as principais causas de insónias. 72% destas pessoas confessa registar problemas de sono "algumas vezes por mês”, o que provoca “falta de energia” e “sensação de cansaço extremo”.
Entre os indivíduos que dizem não adquirir produtos indicados para os problemas de sono, 54% aponta como principal motivo o “medo de que causem dependência”. Apesar de não se verificar um padrão de utilização regular destes produtos, 60% dos indivíduos que os adquirem, afirmam que começaram a fazê-lo, nos últimos dois anos, por recomendação do “médico de família” ou do “farmacêutico”, na procura de um sono de qualidade.
O estudo revelou ainda que aqueles que procuram soluções farmacêuticas tentam também cuidar do seu bem-estar. 41% diz ter “cuidado com a alimentação” e 38% afirma “praticar desporto”. Estes valores contrastam com os 46% de indivíduos que, além de não adquirirem produtos indicados para os problemas do sono, dizem “não fazer nada em específico” para contornar estes distúrbios.
A importância de um sono de qualidade
Ter um sono de qualidade é sinónimo de bem-estar físico e psicológico, permitindo que o organismo tenha o devido descanso e seja capaz de recuperar energia para um novo dia. Dormir bem contribui para o fortalecimento do sistema imunitário e melhora a concentração, o humor e a produtividade. Devido ao ritmo de vida acelerado e ao stress do dia-a-dia, insónias e dificuldade em ter um sono de qualidade são cada vez mais frequentes, com consequências ao nível emocional, psicológico e físico.
Hábitos a adotar para um sono de qualidade:
- Preparar o espaço de sono para que seja confortável;
- Criar e respeitar os horários de sono (7h a 9h de sono diário);
- Adotar uma rotina de dormir, com atividades que permitam que o cérebro vá desacelerando horas antes de deitar;
- Praticar exercício físico;
- Evitar comportamentos que possam comprometer a qualidade do sono, como sestas ao longo dia, utilização excessiva de ecrãs à noite, refeições pesadas e ingestão de bebidas estimulantes ou alcoólicas.
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