Todos os dias, mais de 1257 pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com cancro do pâncreas e estima-se que cerca de 1184 morrerão devido a esta doença, sendo a taxa de sobrevivência é de 2 a 9% aos 5 anos. Um artigo do médico Carlos Sottomayor, oncologista e diretor de serviço do Hospital Pedro Híspano.

Este é um cancro muito silencioso e a deteção precoce da doença exige que os doentes oiçam o seu corpo e procurem o médico sempre que detetar a presença dos sintomas.
No sentido de esclarecer a população em geral sobre este cancro, o mais mortal de todos, aqui ficam 10 factos sobre o cancro do pâncreas.
- O pâncreas é um órgão anexo do aparelho digestivo que fica numa localização retroperitoneal encaixado no arco duodenal e que segrega sucos para facilitar a digestão dos alimentos.
- O Cancro do Pâncreas é tratável com cirurgia, podendo ficar curado numa pequena percentagem de casos.
- Os sintomas que pode provocar são dores abdominais e nas costas acima da região lombar, emagrecimento e falta de apetite, náuseas e vómitos, coloração amarelada dos olhos e da pele, diabetes inicial.
- Os doentes em que se diagnostica uma diabetes e não têm excesso de peso ou estão emagrecidos deverão fazer uma ecografia ou TAC abdominal pois a diabetes pode aparecer por efeito da neoplasia do pâncreas.
- Nas situações em que no momento do diagnóstico é irressecável, ou seja não pode ser removido na totalidade, o doente poderá fazer quimioterapia com intenção de o tornar operável.
- Nas situações em que a neoplasia do pâncreas está muito avançada poderá fazer quimioterapia ou radioterapia para tentar controlar a doença e reduzir as queixas do doente.
- Para reduzir a probabilidade de ter cancro do pâncreas deve evitar as bebidas alcoólicas, o tabaco e fazer uma alimentação saudável, equilibrada e variada e hipocalórica para evitar a obesidade.
- O cancro do pâncreas está incluído e pode ter a sua origem em determinadas mutações genéticas familiares mas é uma situação muito rara (ex BRCA 1 e 2).
- É importante desde o momento do diagnóstico ser referenciado a uma equipa de cuidados paliativos de forma a ottimizar o tratamento dos sintomas, o controle da dor e das restantes queixas.
- Com muita frequência manifesta-se tardiamente e quando é diagnosticado já é não operável ou já está metastizado. Daí a importância do diagnóstico precoce.
Um artigo do médico Carlos Sottomayor, oncologista e diretor de serviço do Hospital Pedro Híspano.
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