Os efeitos locais da crioterapia (na presença de sinais e sintomas pós traumatismo) são a redução do fluxo sanguíneo e consequente diminuição da taxa metabólica, com diminuição do edema e redução da inflamação e da dor.

Este tratamento é prática muito comum nos casos de lesões desportivas sendo que a forma terapêutica mais amplamente utilizada em medicina desportiva é o gelo. Existem ainda outras formas de aplicação da crioterapia como a bolsa de gelo ou compressa de gelo, bolsa de gel, crioimersão ou o “Criospray”.

O frio pode ainda ser aplicado quando se pretende promover a restauração estrutural e favorecer o processo de reabilitação, regra geral após exercício físico intenso.

Tendo em conta todas as modalidades de aplicação de frio da crioterapia a temperatura pode ir de 0.º Celsius a 15.º Celsius.

Durante a crioterapia, o calor é retirado do corpo, levando o organismo a respostas locais e também gerais, de acordo com a modalidade, a duração e a superfície exposta à crioterapia. O tempo de aplicação varia de acordo com as características individuais, a patologia e o local de aplicação.

Desse modo a aplicação pode ser realizada de forma dinâmica ou estática.

A aplicação dinâmica consiste na massagem circular rápida por períodos de 2 a 3 segundos, e durante minutos, para se obter hiperemia reativa, mas uma analgesia menos pronunciada. No desporto o objetivo desta técnica é o de devolver ao atleta o melhor desempenho em menor tempo.

A aplicação estática da crioterapia é utilizada quando se pretendem efeitos vasoconstritores e analgésicos. Com esta técnica (repetindo várias vezes, não excedendo os 20 minutos de cada vez) o arrefecimento dos tecidos profundos é mais rápido e mais duradouro.

Bom treino!

Por Carvalho Rodrigues, Médico Especialista em Medicina Desportiva na Clínica Europa