Ozonoterapia é uma delas. Pouco conhecida do grande público, consiste no conjunto de práticas terapêuticas com recurso ao Ozono clínico traduzindo-se em práticas utilizadas no tratamento dum vasto conjunto de doenças e em aplicações de estética.
O Ozono (O₃) é uma molécula composta por três átomos de Oxigénio. No seu estado natural, o Ozono (O₃) é um gás que protege o planeta dos raios ultravioleta (camada de ozono).
Clinicamente, na Ozonoterapia, usa-se sempre uma mistura de Ozono (O₃) com Oxigénio (O₂), produzido por geradores concebidos para a produção de quantidades e concentrações específicas em função da utilização pretendida em doenças ou aplicações na área estética.
Tem efeito bactericida, fungicida e de inactivação viral, razão pela qual pode ser aplicado na desinfecção de lesões infectadas e em algumas doenças causadas por bactérias ou vírus.
Os efeitos na circulação sanguínea contribuem eficazmente para o tratamento de distúrbios circulatórios e para uma revitalização do organismo como um todo.
Da I Guerra Mundial aos dias de hoje
Embora tenha sido inicialmente utilizada para cicatrizar feridas de guerra, do exército alemão, durante a I Guerra Mundial, e mais tarde usada com sucesso em patologias de natureza gástrica em França; foi na Rússia que a aplicação da Ozonoterapia foi mais desenvolvida e posteriormente divulgada por diversos países que apostaram nestes tratamentos.
Mas foi em Cuba que a Ozonoterapia mais evoluiu, sobretudo nos anos 90 e já no Século XXI, aperfeiçoando as técnicas e protocolos terapêuticos que são os mais utilizados actualmente a nível mundial.
Sem efeitos secundários
A Ozonoterapia é praticamente isenta de efeitos secundários. Não tem interacção medicamentosa com fármacos, sejam convencionais e/ou homeopáticos, ou outros tipos de terapias. No entanto, além dos equipamentos clínicos especializados, é necessário um perfeito conhecimento das diversas técnicas de aplicação para que se tenha uma noção exacta das quantidades e das concentrações de ozono a serem utilizadas para assegurar a máxima eficácia do tratamento.
Uma técnica para múltiplas patologias, desde a prevenção ao tratamento da dor crónica
Muito utilizada para tratar dor crónica, a Ozonoterapia é actualmente utilizada em mais de 200 doenças:
- Problemas circulatórios arteriais e venosos periféricos, cardíacos e cerebrais;
- Feridas (infectadas ou não), úlceras varicosas; pé diabético; queimaduras;
- Doenças intestinais (colites, proctites, fístulas);
- Doenças infecciosas (bacterianas, virais, fúngicas, parasitárias) incluindo pneumonias, infecções pós cirúrgicas, infecções urinárias de repetição e hepatites;
- Doenças reumáticas;
- Doenças dermatológicas;
- Doenças renais;
- Doenças ortopédicas (tendinites, lesões articulares, lesões musculares crónicas, hérnia discal);
- Pode ser aplicada como terapia coadjuvante em pacientes com cancro.
A Ozonoterapia pode também ter um efeito preventivo já que o ozono tem o poder de modulação do sistema imunitário, libertando protectores celulares, aumentando a resistência às doenças; uma vez que o ozono tem alto poder oxidante. Isto permite o combate ao envelhecimento das células e do organismo. Portanto, qualquer pessoa, em qualquer momento da vida pode usar a Ozonoterapia para melhorar o seu metabolismo, imunidade e a resistência às doenças.
Enfº Pires Santos
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