A motivação é a energia necessária para a ação e pode ter origem em fontes mais controladas, como a necessidade de caber num vestido, agradar ao cônjuge, o controlo da evolução de uma determinada doença e até incentivos monetários ou mais autónomas, como a evolução pessoal, a identificação com um dado comportamento e o prazer inerente à atividade.
De acordo com a Teoria da Autodeterminação dos Comportamentos, nem toda a motivação é igual e a qualidade é mais importante do que a quantidade, influenciando a saúde mental e o bem-estar, a performance e a estabilidade do comportamento no tempo, a criatividade e a aprendizagem. A principal distinção é feita entre motivação autónoma, caracterizada pela volição e motivação controlada, associada a uma regulação externa e a uma pressão para pensar ou agir de determinada forma.
A investigação nesta área encontra evidência que a satisfação das necessidades psicológicas básicas de autonomia (controlo pessoal sobre a decisão de realizar o comportamento), competência (capacidade de desempenhar a tarefa com sucesso) e relacionamento positivo (relações interpessoais) possibilita o envolvimento dos indivíduos numa dada tarefa de forma mais autónoma e/ou intrinsecamente motivados. Quando o indivíduo vê frustradas as suas necessidades, procura em objetivos mais externos a confirmação do seu valor, porém esta substituição não leva a real satisfação das necessidades, nem ao bem-estar ambicionados.
A decisão pessoal de iniciar a atividade assume vital importância, bem como a autonomia na seleção e a gratificação que se obtém da mesma. É determinante que o exercício escolhido se traduza num bom momento, satisfatório das necessidades e que contribua para o desenvolvimento pessoal, em lugar de mais uma tarefa na agenda. Assim, se o objetivo for manter a prática de exercício físico a longo prazo, mesmo nos dias mais frios ou nas semanas mais ocupadas, há que faze-lo por si, para si, da forma que mais gosta e quando lhe for oportuno.
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