Todos temos planos e objetivos diferentes para o novo ano, mas há um objetivo que, regra geral, é comum a quase todos nós: ‘ser feliz’. Ainda assim, apesar de quase todos querermos ser felizes, muitos de nós, não sabemos como atingir essa felicidade e durante a maior parte do tempo, sentimos que estamos aquém da felicidade que merecemos. 

Assim para que em 2023 possamos sentir a felicidade como uma realidade no nosso dia a dia, é importante começarmos por: 

1. Dar espaço ao sofrimento

A primeira fórmula para sermos felizes é, no momento certo, permitimo-nos a estar tristes, a frustrar ou até a experienciar raiva, por exemplo. Uma vez que é no momento em que bloqueamos o nosso próprio sofrimento que nos impedimos de ser felizes a longo prazo. 

2. Ser flexível perante os imprevistos

É impossível termos previsibilidade e controlo sobre tudo aquilo que vamos experienciar, por isso, é essencial sermos flexíveis, perante imprevistos, mudanças ou perdas, por exemplo. É no momento em que conseguimos ser flexíveis, que acabamos por nos permitir a reagir de acordo com as exigências de cada acontecimento, que conseguimos adaptarmo-nos e, a longo prazo, ser felizes.

3. Evitar comparações

Sempre que comparamos a nossa felicidade com a felicidade que os outros aparentam ter, acabamos por, na maioria das vezes, sentir que saímos a perder e que os outros são sempre mais felizes do que nós. Isto acontece porque todos nós temos o hábito de deixar os nossos piores lados guardados dentro de nós e optamos por, socialmente, apenas mostrar ao mundo os nossos melhores lados. Assim, não há como nesta comparação não nos sentirmos a perder. Este sentimento por si só é um antídoto para a nossa felicidade e para o nosso bem-estar.

Perante tudo isto, é importante lembrarmo-nos que todos nós podemos ter um conceito de felicidade diferente, todos nós podemos precisar de coisas e circunstâncias diferentes para nos sentirmos felizes. Mas sejam quais forem as nossas necessidades, a felicidade só se torna uma constante no nosso dia a dia se nos permitirmos sentir tudo aquilo que a cada momento desperta em nós, se formos flexíveis e se evitarmos a comparação constante com os outros.

Um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir.