Quando se trata de manter uma rotina de treino, é fácil acreditar que quanto mais treinarmos, melhores resultados teremos – e que essa é a única premissa a manter. No entanto, há diversos outros fatores a ter em conta e o desconhecimento face a eles pode prejudicar o nosso treino.
O Urban Sports Club reuniu alguns dos principais motivos que podem ser verdadeiros entraves ao rendimento da prática desportiva.
1. Dormir pouco e não respeitar os períodos de descanso
O corpo precisa de tempo para recuperar e descansar, por forma a conseguir concretizar a adaptação metabólica que os treinos promovem – para isso, é essencial ter uma boa noite de sono, mas também respeitar os dias de descanso do nosso plano de treino.
Ao invés do que se possa pensar, treinar todos os dias recrutando os mesmos grupos musculares e levando o corpo muito perto da exaustão vai provocar, a longo prazo, o desgaste da condição física e pode até aumentar o risco de lesões.
2. Não seguir uma alimentação adequada
A comida que ingerimos é combustível para a nossa atividade física – por isso, é importante que estejamos a ingerir a quantidade indicada e a proteína recomenda para o volume de treino de cada um, bem como para os seus objetivos.
O mais indicado é recorrer a um nutricionista, que possa avaliar e recomendar aquelas que deverão ser as nossas escolhas alimentares tendo em conta o tipo de treino que fazemos.
Sofia Bichão, fundadora do BBody Barre, parceiro do Urban Sports Club, explica que "a alimentação é a base para que consigamos dar ao nosso corpo o que ele precisa para a atividade física, seja para prevenir lesões ou para alcançar determinado objetivo, como sendo aumento de massa muscular ou perda de massa gorda, por exemplo. Devemos, por isso, olhar para atividade física e alimentação numa perspetiva holística como um meio para alcançar saúde plena".
3. Dar pouca atenção à técnica de execução dos exercícios
É certo que a carga é importante para ver resultados no treino, mas um erro muito frequente é querer apenas aumentar a carga com que se executam os exercícios ou a intensidade dos mesmos, ao invés de priorizar a técnica.
Este é um hábito que compromete os nossos resultados, mas que pode, acima de tudo, contribuir para muitas lesões: treinar com uma postura e a forma correta é o que, de facto, permite ativar as zonas e músculos que pretendemos trabalhar – e, por isso, quanto mais adequada for, melhores vão ser os resultados e mais seguro vai ser o nosso treino.
4. Não manter uma rotina de treinos organizada
A verdadeira chave para ver resultados é a consistência – por isso, é importante garantir um número mínimo de treinos durante a semana e esforçarmo-nos ao máximo para manter essa mesma rotina.
Não é necessário tornarmo-nos obsessivos relativamente aos dias para praticar desporto, nem devemos acreditar que, quando falhamos um dia, comprometemos todo o rendimento; mas começar por ter uma rotina mais agilizada vai ajudar bastante.
"De nada serve fazermos exercício todos os dias durante uma semana se vamos ficar outras duas semanas parados. A consistência é a chave", acrescenta Sofia Bichão.
5. Abdicar do aquecimento
Por último, mas não menos importante: o aquecimento e o alongamento são partes igualmente importantes para o treino e para o sucesso dos resultados.
Estes são dois pontos que, muitas vezes, vemos serem adiados – por uma questão de tempo, de preguiça ou desconhecimento -, mas que são absolutamente fundamentais para uma prática desportiva segura e responsável.
Por um lado, o corpo precisa de ser “avisado” antes de iniciar a atividade física e sair do estado de repouso. Por outro, a execução de alongamentos no final do treino pode ajudar na prevenção de lesões e dores musculares.
Sofia Bichão explica que "é como querermos arrancar com o carro em quinta, chegará uma altura que o motor vai deixar de funcionar. O nosso corpo é a nossa casa, temos mesmo de respeitá-lo e isso implica, antes do treino, acordar as articulações e músculos que vão ser utilizados e nunca saltar os alongamentos ou mesmo tirar um dia para alongar. O corpo agradece, mas a cabeça também”.
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