O convite era para conhecer o L’AND Vineyards Reserva 2010, um tinto acabado de lançar e que se apresenta como uma homenagem ao Alentejo. Mas como fazer de um único vinho a estrela de um projeto maior? Numa paisagem campestre onde tudo é belo e onde se respira tranquilidade, onde a arquitetura revela traços ímpares e a cozinha de Miguel Laffan pede para ser fotografada para a posteridade, o vinho podia ser apenas mais um elemento de bem-estar.

Assim, em vez de simplesmente dar a provar o novo vinho dos enólogos Paulo Laureano e Patrícia Batista, optou-se por harmonizá-lo com a cozinha de inspiração tradicional portuguesa mas com um “twist” contemporâneo e internacional do chefe do restaurante do L’And.  

E o resultado sentiu-se na boa disposição dos convivas. À medida que a refeição evoluía, a descontração aumentava na sala. Mais um prato, mais um copo, mais um pedaço de conversa. O L’And Branco acompanhou a Sopa de peixe da costa vicentina, lagostim assado e croquete cremoso de ostra; seguida do famoso “à Brás” sem bacalhau, como explica Miguel Laffan – trata-se de Vieira e cogumelo silvestre da estação num à brás trufado com tosta fina de pão alentejano.

Depois serviu-se o Tinto Reserva 2010, previamente decantado, para acompanhar o Lombo de borrego merino assado, tagine de legumes primaveris, batata-doce de Aljezur com esferificações de iogurte e hortelã. Para sobremesa, o Tiramisu de pistacho com chocolate branco e cerejas confitadas, gelado de café e crocante de chocolate tainori.

Produzido a partir das castas Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Touriga Franca, o L’And Vineyards Reserva 2010 resultou em 10 mil garrafas que são apenas vendidas aqui e no Yeatman do Porto, além de algumas destinadas a exportação. É um vinho 2de uma rusticidade elegante”, explica Paulo Laureano, com “notas de menta e especiarias, macio e fresco, como são os vinhos de Montemor”.

Um “vinho para namorar”, até porque o cenário idílico nos encaminha para aí. O L’And é um Wine Resort que permite várias opções. Desde o fim-de-semana de passagem até à residência de férias, onde é possível ter a sua própria vinha, passando pela personalização da garrafa ao ponto de imprimir no rótulo o seu nome.

É claro que os guias estrangeiros estão rendidos ao L’And, que aparece nas listas dos Best e dos Top da Condé Nast, da Travel & Leisure e outros que tais. Curiosamente, a maior parte dos clientes e compradores é agora de origem portuguesa. Não que seja necessário – já há muito que percebemos que o Alentejo, tal como um bom vinho, é um tesouro a preservar.

 

Mais receitas de Miguel Laffan:

Sopa de peixe da costa vicentina

Delícia de morangos

Saiba mais sobre o L'And Vineyards

 

Ana César Costa