A Conceito Vinhos acaba de apresentar uma nova referência ao mercado. Depois da criação de um vinho dedicado à casta Bastardo, com quem partilha o nome, Rita Marques, enóloga da casa, voltou a desafiar a região do Douro, recuando na sua história. Nasce assim o Conceito Legítimo, um vinho moderno, mas com uma especial ligação ao passado.
Neste regresso às raízes da região, Rita Marques recuperou uma das tradições mais antigas do Douro: a produção de vinhos despreocupadamente “amigos da mesa”, criados apenas para consumo dos durienses. Esses vinhos, apreciados por todos, desde o povo aos senhores, nunca eram engarrafados, rotulados ou exportados. Eram, antes, um segredo da terra. Pelo menos até agora.
Na base deste vinho está uma mistura das castas Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional, bandeiras da região, aqui provenientes de vinhas com mais de 50 anos. As uvas sãs e maduras, colhidas atempadamente para enfatizar a sua frescura natural, foram depois tratadas com rigor, privilegiando-se a mínima intervenção na adega. Seguiu-se um estágio de 22 meses em cuba de aço inoxidável, que conferiu ao vinho uma estrutura elegante e limpeza aromática.
Tal como o Bastardo (19,90 euros), que ao longo dos anos deixou de ser um vinho que precisava de ser quase desculpado pela sua falta de cor, o Legítimo (18,90 euros) é um vinho afável e alegre, mantendo a intensidade e profundidade da região, o que lhe permite obter o estatuto de bom companheiro à mesa.
A primeira edição do Conceito Legítimo Tinto homenageia a colheita de 2016, que exigiu paciência e experiência da equipa de enologia. Puro, natural e despojado, revela uma leveza especiada e gulosa, que o tornam suave, fresco e apetecível em qualquer momento de consumo.
Para esta primeira abordagem foram produzidas dez mil garrafas, já disponíveis no mercado. A este vinho junta-se a nova colheita do Bastardo Tinto 2017, completando o retrato da família.
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