Fazer vinhos não é só cuidar das vinhas e misturar os lotes. Pode levar também à proteção de uma espécie. A história é esta: na Quinta de Castelo Melhor, junto a Foz Côa, foi identificado o primeiro ninho da ave Oenanthe Leucura, também conhecido por Chasco Preto. A Duorum, empresa de José Maria da Fonseca e de João Portugal Ramos que gere aquela propriedade segundo uma política de desenvolvimento rural sustentável, desde logo zelou pela proteção deste pássaro raro. O feito mereceu o reconhecimento do Instituto para a Conservação da Natureza e Biodiversidade e consequente adesão à iniciativa europeia Business & Biodiversity, uma rede internacional de empresas que integra na sua atividade preocupações com a natureza e a biodiversidade.
É destas mesmas vinhas que resulta uma outra raridade, batizada em honra do pássaro: o Duorum O. Leucura 2011, que acaba de ser distinguido com 93 pontos nas revistas Wine Spectator e Wine Advocate, nas suas edições de março, e com um preço que ultrapassa os 70 euros por garrafa. Produzido com uvas de vinhas velhas de lotes selecionados de Touriga Nacional e Touriga Franca, é um vinho intenso, que se distingue pela maturidade típica duriense e pela harmonia entre frescura e acidez, e que promete evoluir ainda mais em garrafa.
Ao mesmo tempo, João Portugal Ramos apresenta a colheita de 2015 do Marquês de Borba branco, produzido a partir das castas Arinto, Antão Vaz e Viognier. Sendo as uvas colhidas manualmente de manhã cedo para pequenas caixas, este DOC alentejano (€5,49) consegue preservar toda a frescura matinal, acompanhando bem pratos de peixe e carnes brancas, ovos e saladas mediterrânicas.
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