Abacate
É uma planta originária da América Central, já utilizada pelas civilizações Maia, Asteca e Inca.
Alcachofra
Na Idade Média, no continente europeu, a Alcachofra foi tida como afrodisíaca. No século XVIII, graças à opinião de físicos (médicos), ganhou um estatuto medicinal. Foi vista como apta a curar febres. Na Europa, o consumo alimentar da Alcachofra generalizou-se após a Segunda Guerra Mundial.
Ananás
Planta originária das Américas, presumivelmente do México ou do Brasil. Os tupis, povo ameríndio, chamava-lhe Nana, significando perfume, dado o odor agradável do fruto.
Baunilha
Os europeus tiveram pela primeira vez contacto com a baunilha quando Moctezuma II, imperador asteca, ofereceu aos conquistadores espanhóis, uma bebida constituída por uma mistura desta com cacau e milho moídos. Isto no início do século XVI. Contudo, fruto do segredo que os astecas guardavam sobre o produto, só na segunda metade do século XVI os espanhóis conseguiram conhecer a planta donde era originário.
Cacau
O cacau provém do cacaueiro, árvore de grande porte originária da cintura tropical na América do Sul. Crê-se que se desenvolveu no âmago da floresta amazónica. Tido como um alimento dos deuses, o cacau já era consumido 1500 anos antes de Cristo. No século XVI, à chegada dos europeus, os astecas, povo da América Central, adorava religiosamente o cacau e consumiam-o sob a forma de uma bebida. Em 1519, o conquistador espanhol Hernán Cortés é presenteado com um cacau com muita espuma. Oferece-lhe o imperador asteca, Moctezuma II. Começa, ai, a paixão da Europa pelo cacau. Em 1520, o velho continente, recebe o primeiro carregamento de sementes de cacau.
Canela
Originária da ilha do Ceilão (atual Sri Lanka) a casca da canela é usada essencialmente como especiaria, sobretudo em pastelaria e doçaria. Utiliza-se ainda no fabrico de aromatizantes para bebidas. Nos séculos XIV a XVI, a canela tornou-se a especiaria mais procurada na Europa. O seu comércio muito lucrativo. Na época, há muito que o Ocidente conhecia a canela. Na Antiguidade, foi tida como símbolo da sabedoria pelos gregos, romanos e hebreus para aromatizar o vinho.
Cardamomo
A planta é originária das florestas húmidas da Índia e surge em altitudes de 700 a 1500 metros. Enquanto o cardamomo foi uma especiaria apenas de consumo local e as quantidades enviadas para a Europa reduzidas, apanhavam-se apenas as plantas espontâneas. Com o aumento do consumo iniciou-se, então, a cultura regular.
Cebola
É originária da Ásia, onde é cultivada há mais de cinco mil anos. Terá sido introduzida na Europa pelo império romano no século III da nossa Era. Na Idade Média europeia, a cebola chegou a ser tão valiosa que foi usada como pagamento de rendas e ofertas de casamento. No século XVIII, o britânico James Cook não dispensava a cebola nas suas viagens marítimas.
Cerveja
Como em muitas outras invenções da humanidade, a cerveja terá, provavelmente, sido fruto de um acaso há milénios. Um pouco de papa líquida de aveia esquecida numa panela ou mesmo alguns grãos de cevada não torrada deixados num recipiente, poderão ter germinado, estando na origem da invenção da cerveja, crê-se, no período Neolítico.
Cravinho
O Cravo, ou o Cravinho, é originário das Ilhas Molucas (Maluco, na literatura do século XVI) – atual Indonésia – e desde há muito utilizado pelos orientais para conferir ao hálito um odor agradável. Na Índia, por exemplo, ainda hoje se atribui propriedades afrodisíacas ao cravo.
Gengibre
O Gengibre é utilizado há milénios no Oriente, tendo sido das primeiras especiarias com as quais os europeus contactaram. A especiaria é o rizoma seco, utilizado em pedacinhos ou ralado.
Laranja
Este fruto é originário da China tendo sido introduzida na Europa por Alexandre III, da Macedónia, conhecido como “Alexandre o Grande”. Corria o século IV a.C.
Limão
O Limão teve a sua origem no continente asiático, mais concretamente no Sul da China. Já na antiguidade, o limão é referido por autores gregos e romanos. Foi introduzido na Península Ibérica, por povos árabes, por volta do século XII.
Massa
É originária da Ásia, fabricando-se desde tempos imemoriais na China a partir de farinha de arroz. No século XIII, o mercador veneziano Marco Polo trouxe a massa para a Europa, mais concretamente para o território onde hoje se localiza Itália.
Noz-moscada
É oriunda da Indonésia e faz parte daquele grupo de especiarias que motivaram os portugueses a chegar à Índia por mar. Tem sido utilizada ao longo dos tempos sobretudo em culinária.
Tomate
Julga-se que seja originário do território do atual Peru, na América do Sul, onde os Astecas lhe chamavam tomatl, considerando-o um símbolo de fertilidade e abundância. Os primeiros cultivos surgem no México. Na Idade Média o Tomate era tido, na Europa, como uma planta venenosa. Carl von Linné, naturalista sueco do século XVIII, estudou o tomate, considerando-o uma planta comestível. A Espanha foi o primeiro país que o utilizou em pratos cozinhados.
Pimenta
Originária da Índia e das regiões tropicais é, de entre as especiarias, aquela que se crê ser de uso mais antigo e uma das mais cobiçadas. Escrevia o médico e pioneiro da farmacologia, Garcia de Orta, no séc. XVI, que a pimenta “aquece, provoca a urina, serve a digestão (...). Socorre as mordeduras das feras, extirpa a criatura morta no ventre e crê-se que medita na natureza da mulher depois do parto, lhe tira a esperança de jamais emprenhar. (...) Bebida com as folhas macias do loureiro, sena as cólicas do ventre, incita e ajuda a digerir as carnes”.
Imagem de abertura do artigo cedida por Freepik.
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