“Quando os negócios estão menos bem não podemos cruzar os braços, tempos que ir à luta e é isso que estamos a fazer”, afirmou hoje Joaquim Costa, proprietário de um restaurante, em Vila Real.
Ao “O Costa” juntaram-se o “Gaveto”, de Matosinhos, o “Camelo”, de Viana do Castelo, e o “Manuel Júlio”, de Coimbra para fazerem um intercâmbio de cozinhas tradicionais nos fins-de-semana de Fevereiro a Abril.
Em ano de crise e em época de menor ocupação, os empresários querem promover o turismo gastronómico e dinamizar o negócio da restauração.
Com esta diversificação de ementas, os estabelecimentos comerciais esperam atrair mais clientes e, ao mesmo tempo, promover o que de melhor se confecciona em cada uma destas regiões.
Segundo o empresário, a novidade é que, neste projecto, “ao invés de serem os clientes a viajar para poderem saborear as iguarias de zonas diferentes, são os restaurantes que se deslocam a outras regiões para servirem as suas especialidades”.
Entre sexta ao jantar e o almoço de domingo, o restaurante convidado toma conta da cozinha e vai servir o de que de “melhor e mais saboroso” a sua casa tem para oferecer a preços idênticos aos normalmente praticados.
De Vila Real segue a carne maronesa, com Declaração de Origem Protegida (DOP), as alheiras feitas de vitela ou a caldeirada feita também em exclusivo com esta carne, mais as tripas aos molhos ou feijoada transmontana.
O “Gaveto” propõe os mariscos, as tripas à moda do Porto ou o arroz de tamboril, enquanto que o “Camelo” vai servir o galo pé descalço, o sarrabulho, o cabrito e a lampreia.
De Coimbra chega a açorda de sável, a lampreia, o abafado de bacalhau, chanfana ou o leitão da Bairrada.
Joaquim Costa referiu que, depois de Abril, a iniciativa será repetida com mais restaurantes que queiram aderir a estes intercâmbios gastronómicos.
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