Com o mote “Tradição com sabor a futuro”, as cavalariças da Casa do Campino recebem, como habitualmente, 12 restaurantes que representam aquilo que Portugal tem de melhor na cozinha, dos pratos típicos, aos produtos regionais certificados, da doçaria, aos vinhos e à animação cultural.
O SAPO Lifestyle esteve no festival e deixa-lhe 12 sugestões irresistíveis para provar ou repetir e que, certamente, o irão deixar de água na boca.
Ovos rotos com leitão (Mosteiro do Leitão)
O restaurante 'Mosteiro do Leitão’ participa pela primeira vez no certame gastronómico e, para além do seu prato-chefe, o leitão, convida-nos a aprovar a sua versão de ovos rotos com lascas de leitão e o sabor bem característico do seu molho, com um tempero no ponto.
Já provou empadas de leitão? Se não, aqui está a oportunidade. Com massa quebrada e um recheio rico, são um belo início de degustação.
Batel (Aleluia)
Os sabores do mar estão bem representados no festival e, no que toca a mariscos, o restaurante ‘Aleluia’ (Nazaré) apresenta-nos uma oferta variada. Entre as especialidades, temos a Zamburinha, uma espécie de vieira mais pequena, mas igualmente saborosa, aqui cozinhada em óleo de coentros e manteiga, o bem conhecido camarão da costa e o Tremoço de Choco Frito, uma versão original de petisco.
Mas o destaque vai para o Batel que, tanto pela apresentação como pelo sabor nos, aguça os sentidos. Simples, mas cativantes, estes jaquinzinhos e petinguinhas fritas servidas num anzol sobre um barco que nos remete à Nazaré são simplesmente irresistíveis.
Cracas dos Açores (Casa de Pasto José do Rego)
Nesta viagem de sabores, damos um pulinho à ilha de São Miguel (Açores) para provar um crustáceo que, apesar do seu aspeto intrigante, revela o seu melhor no paladar. São as Cracas dos Açores. Sabor a mar é como podemos descrevê-lo e, diz-nos o Chef Jorge, da ‘Casa de Pasto José do Rego’, um ribatejano há muito rendido aos encantos da ilha, que não podemos visitar a ilha sem as provar.
O Cavaco, as já bem conhecidas Lapas à Regional e o Bife à Regional são outros dos pratos que nos convidam a sentar à mesa.
Enguias fritas (Temudu’s)
Voltando ao Continente e fazendo uma paragem na zona Centro, fomos surpreendidos pelas Enguias fritas do Baixo Mondego. Sendo um peixe com características particulares, que tende a polarizar gostos, encontramos no restaurante ‘Temudu’s’ uma versão que se arrisca a reunir consensos. Depois de provar uma, é difícil parar. Sequinhas, estaladiças e cheias de sabor.
Para além das especialidades de carne Marinhoa (carne de origem certificada), não poderia faltar a Chanfana à Senhor da Serra e, para acompanhar, um vinho regional tinto ou branco.
Costelinhas de Vinho e Alho (Tentações da Montanha)
Há 30 anos que o restaurante ‘Tentações da Montanha’ participa neste Festival de Gastronomia, trazendo de Boticas os pratos de cabrito e as especialidades de carne Barrosã. Este ano, trouxe também algumas novidades de comer ao balcão: os Rojões, o Pica-pau com cogumelos e presunto e as saborosas Costelinhas de Vinho e Alho para se comer à mão, como mandam os mais experientes.
Chambão (O Costa)
Ainda a Norte, seguimos para Vila Real onde ‘O Costa’ nos recebe com um menu recheado. Das entradas, aos pratos de peixe, da carne Maronesa DOP às sobremesas regionais, difícil é escolher.
Ainda assim, chama a atenção e curiosidade que se provem as especialidades de carne, sendo o Covilhete, uma empada folhada de vitela, prova obrigatória, assim como o Chambão, uma peça especial da perna com sabor e de textura que só encontramos na vitela Maronesa.
Pezinhos de Coentrada (O Lampião)
Dizem os entendidos que estes são os melhores Pezinhos de Coentrada, mas para comprovar, terá de experimentar este clássico do restaurante ‘O Lampião’. De Évora e da cozinha tradicional alentejana, vieram alguns dos pratos mais famosos da região, como a Sopa de Cação, a Carne do Alguidar ou os Casadinhos de Batata. E, se ainda não provou Torresmos do rissol, pode fazê-lo aqui.
Polvo à Moda do Chefe (Torres Vila Verde)
Uma das novidades deste ano no festival é o Troféu Portugal, uma competição de show cooking que reúne oito chefs de diferentes regiões, os melhores produtos regionais e o desafio de cozinhar com criatividade.
Mas se pensa que o show cooking não chegou à zona dos restaurantes tradicionais, desengane-se, pois o Chef Carlos Torres também quer mostrar a sua arte aos comensais. Entre os pratos mais pedidos da casa, o Cabrito assado no forno e o Arroz de Cabidela, o restaurante 'Torres Vila Verde' traz-nos o Minho à mesa, mas, este ano, também um Polvo à Moda do Chef que exalta a vista e o paladar, da confeção à degustação.
Filetes de peixe-espada preto com molho de maracujá (Do Dia Pra Noite)
Viajamos mais um pouco até à mistura de sabores que nos traz a Madeira. No restaurante 'Do Dia Pra Noite' a surpresa esconde-se no peixe-espada preto, uma receita que harmoniza doce e salgado. Não é possível provar estes Filetes de peixe-espada preto com molho de maracujá acompanhados de banana cozida, sem adorar.
Há também Açorda Madeirense, Espetada de carne de vaca em pau de loureiro, entre outros pratos que pode acompanhar com a tradicional poncha ou vinho DOP Madeirense.
Cachaço estufado com migas de tomate (Carne Alentejana)
O aroma não engana e este é difícil de resistir. Chegados ao Alentejo, não podemos fugir às migas e estas acompanham uma receita de Cachaço estufado em vinho tinto ou uma de Rabo de Boi estufado. Seja qual for a versão escolhida, confecionada ou grelhada, o segredo desta casa está no ingrediente que dá nome ao restaurante - 'Carne Alentejana' - toda ela de origem certificada.
Rodeão (Académico de Bragança)
E como nem só o fumeiro é estrela na gastronomia transmontana, o Chef Nuno Machado traz-nos uma variedade de pratos com outra estrela regional, a carne Mirandesa. O restaurante 'Académico de Bragança' é representante nacional desta carne certificada, sendo a Posta Mirandesa um dos pratos mais conhecidos e apreciados. O Rodeão assado na brasa (parte da costela) é outra das grandes apostas do chefe no festival e que vale a pena experimentar.
Vitelinha assada (Fumeiros da Zezinha)
A carne está em força nos menus do festival, em quantidade, em diversidade de carnes DOP e de receitas, todas elas com o seu diferencial. Que o diga a avó Zezinha e as suas receitas de carne arouquesa no restaurante 'Fumeiros da Zezinha'. O neto Afonso explica que a confeção da Vitelinha assada no forno é feita a baixa temperatura para que fique macia e tenra e, de facto, desfaz-se na boca.
As propostas de pratos típicos são mais que muitas, o difícil será mesmo selecionar os seus preferidos. Se juntarmos a tudo isto os queijos, enchidos, doçaria regional, artesanato e animação cultural, o Festival Nacional de Gastronomia de Santarém torna-se paragem obrigatória até dia 27 de outubro.
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