No que toca a produtores, em destaque na Wine Enthusiast, estão a Quinta da Alorna, com quatro referências; a Companhia das Lezírias e o Casal Branco, com três; seguidos da Casca Wines, da Quinta do Arrobe e da Fiuza, com uma.
Na avaliação que Roger Voss, crítico de vinhos da Wine Enthusiast, faz aos néctares do Tejo é unânime o potencial de guarda dos vinhos, o que é também um sinal da sua qualidade.
Por ordem, iniciamos o roteiro vínico pelos néctares distinguidos com 92 pontos. É o caso do Monte Cascas Fernão Pires branco 2013 (Casca Wines), feito a partir da casta rainha da Região Vitivinícola do Tejo proveniente de Vinhas Velhas cujo potencial está neste branco detentor “de uma acidez e de sabor a fruta madura”.
O Marquesa de Alorna Grande Reserva branco 2015 (Quinta da Alorna) é outro dos contemplados nesta primeira linha da pontuação – é um vinho produzido em homenagem a D. Leonor de Almeida Lorena e Lencastre, quarta Marquesa de Alorna, que se distingue pela madeira bem integrada, bem como pela elegância predominante dos frutos brancos e da acidez.
Nos tintos, constam o Tyto Alba Vinhas Protegidas tinto 2014 (Companhia das Lezírias), um vinho com estrutura e fruta madura, detentor de uma acidez e taninos equilibrados; e o Tyto Alba Vinhas Protegidas Touriga Nacional tinto 2015 (Companhia das Lezírias), que apresenta taninos suaves e fruta madura, característica da casta portuguesa com que é feito.
Com 91 pontos estão outras quatro referências. A edição limitada Bela Sombra Reserva tinto 2013 (Quinta da Alorna), que se destaca pelo seu sabor “fumado, picante e denso”, com taninos que lhe dão estrutura, além da fruta madura e de uma acidez final que lhe confere um “carácter sumarento”.
Os dois Falcoaria (Casal Branco): o Fernão Pires Vinhas Velhas branco 2016, que Roger Voss enaltece pelos aromas cítricos característicos desta casta branca e pelo potencial de guarda; e o Grande Reserva tinto 2015, um blend de Syrah, Touriga Nacional e Alicante Bouschet, com “nuances de chocolate amargo, frutos vermelhos e taninos firmes”.
Sobre o Quinto Elemento Cabernet Sauvignon Reserva tinto 2013 (Quinta do Arrobe), Roger Voss sublinhou que “é raro encontrar um Cabernet Sauvignon puro em Portugal”, dando ênfase aos aromas a frutos vermelhos, sobretudo de groselha preta, aos seus taninos e à sua estrutura, bem como a um final de boca marcado pela acidez.
Na listagem dos 90 pontos estão cinco referências. A respeito do Eminente Reserva tinto 2015 (Fiuza), Roger Voss afirma ser um “vinho bem equilibrado, com frutos pretos maduros e de taninos suaves e redondos”, destacando o seu carácter fumado aliado a nuances de eucalipto por causa do contacto com a madeira de carvalho das barricas onde permaneceu durante o estágio, estando pronto a beber.
Da Quinta da Alorna, destaca duas colheitas, de 2012 e 2014, do mesmo vinho, o Portal da Águia Reserva tinto, vinhos poderosos, com textura densa e boa estrutura feitos de Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon.
O 1836 Alicante Bouschet Grande Reserva tinto 2015 (Companhia das Lezírias) é uma marca que faz alusão à data da fundação da então Companhia das Lezírias do Tejo e do Sado, apresentando-se como um vinho de cor escura, denso e cujas nuances de fruta madura denotam um casamento perfeito com a madeira utilizada durante o estágio, conferindo-lhe uma maior riqueza aromática.
Nos brancos, o Falcoaria Colheita Tardia branco 2014 (Casal Branco), o néctar perfeito para terminar esta lista, feito a partir das castas Fernão Pires e um toque de Viognier, detentor de um sabor intenso, com nuances de pêssego e mel. “É um vinho rico, opulento e está pronto a consumir”.
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