Numa das sessões do segundo dia da conferência internacional Climate Change Leadreship, na qual estão em debate as alterações climáticas e as soluções para a indústria vinho lhes fazer face, António Amorim disse que o presente e o futuro residem na geração Millennials, consumidores que, segundo o antigo Presidente da Associação Portuguesa de Cortiça, são mais conscientes e responsivos a atitudes positivas por parte das marcas.
“Podem não comprar o vinho mais caro, mas compram um vinho que lhes traga boas recordações”, referiu fazendo a ponte com os vinhos orgânicos e biodinâmicos que se prevê que cresçam 15% em vendas entre 2020 e 2022.
“É preciso ser coerente e transparente em todo o processo. Os consumidores querem que lhes mostremos os argumentos para que os próprios suportem este posicionamento ambientalmente consciente e sustentável.”
António Amorim referiu igualmente que um dos objetivos da Corticeira Amorim passa por fechar o ciclo económico, “envolver todos os agentes da cadeia de produção, comércio e serviços”.
Apesar de ter reciclado mais de 550 milhões de rolhas nos últimos dez anos, o CEO da empresa portuguesa líder mundial do mercado da cortiça diz que é possível fazer sempre mais.
“Temos de tornar a certificação das empresas uma prioridade, há investidores atentos a isso e que enviam auditores só para avaliar o quão sustentável é uma empresa. Não podemos sair desta cimeira a pensar que só é possível fazer um bocadinho melhor, mas devemos sim traçar objetivos estruturais a 5, 10 anos e repensar a fundo a filosofia empresarial de cada um.”
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