O espaço das cozinhas portuguesas está a mudar, seja no design, seja nos materiais, seja na organização. Mas será que vale a pena pensar em incluir uma garrafeira nas nossas cozinhas?
“Nós enólogos passamos a vida a fazer vinhos e era bom que depois o cliente conseguisse usufruir desse vinho em todo o seu potencial”, afirma Carlos Raposo, enólogo da marca Vinhos Imperfeitos, da região do Dão.
“O ideal é ter-se o vinho sempre à mão”, começa por dizer Dirk Niepoort que dá grande importância à cozinha. “É o centro de qualquer casa, pelo menos para mim”, notando que hoje em dia há cada vez mais a junção do espaço de cozinha e sala como área comum, o chamado conceito aberto, como começamos a ver cada vez mais nas arquiteturas das casas portuguesas.
Para quem seja apreciador e tenha muitas garrafas de vinho, uma garrafeira é algo “que faz todo o sentido, para conseguir beber o vinho nas condições perfeitas”, assume ainda o responsável da Niepoort, que acrescenta que nos casos de vinhos mais especiais “temos a certeza que esteve bem armazenado, na temperatura certa, com a luminosidade correta”.
Na opinião de Carlos Raposo, uma boa garrafeira deve ter um nível de temperatura regulado - se tiver duas partes, para tinto e branco ou para espumantes e Porto, melhor - humidade controlada, ter controlo de vibrações e não ter luminosidade quando está fechada, pois evita oxidações de cor.
O encontro entre Dirk Niepoort e Carlos Raposo aconteceu a propósito do lançamento de uma nova linha de eletrodomésticos, a Matt Black da AEG, que convidou os especialistas em vinho a experimentar a Garrafeira de Envelhecimento Premium da Série 8000, uma das novidades da marca, com duas temperaturas e capacidade para 40 garrafas. “Ter uma garrafeira destas é cada vez mais essencial”, acrescenta Carlos Raposo, pois “quando temos um bom vinho deveríamos investir na conservação, tanto em restaurantes como em casa”.
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