Ver as sardinhas das Festas de Lisboa
A obra, bilingue, em português e inglês (uma edição Imprensa Nacional-Casa da Moeda e EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural), conta com textos do historiador José Sarmento de Matos e do designer Jorge Silva.
No texto introdutório ao presente título, o investigador sublinha que “já há referências à sardinha fumada em forais medievais de vilas pesqueiras; seja para conserva - basta lembrar a aura do garum lisboeta no período romano ou a disseminação mundial da conserva em lata desde finais do século XIX seja, mais prosaicamente, para luzir nas canastras das varinas em deriva airada e barulhenta pelas ruas da cidade, e, daí, saltar uma bela sardinha gorda para cintilar no pão, assada ali mesmo na esquina”.
O concurso para a escolha das sardinhas apresentadas por artistas de diferentes áreas, decorre desde 2003 inserido nas Festas de Lisboa.
Ao longo destes anos foram aparecendo sardinhas para todos os gostos: brejeiras, com as suas varinas e banhistas de perna longa; panfletárias, com os seus pregões da crise; eruditas, com os seus Camões e Pessoas; piratas da concorrência, com os seus galináceos de Barcelos e Zé Povinhos; piscadoras de olho ao júri, com os seus cacilheiros, elétricos e azulejos.
Fotos: Cristiano Martins/Miguel Seixas
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