N’Os Papagaios, como não podia deixar de ser, o luxo é mesmo a comida, portuguesa, sem cerimónias, às vezes bruta e desconcertante. Essa é a assinatura do chef Joaquim Saragga Leal, um pioneiro do conceito “taberna contemporânea”, e que tem dedicado a sua carreira a resgatar e reinterpretar pérolas da cozinha tradicional portuguesa.
Aberta em dezembro de 2023, na ementa da Taberna Os Papagaios encontramos pratos como o Tutano ou as Iscas de coelho ou pato. O grande menu suspenso na parede deixa o aviso: “Pode ser que haja!” Porque, se o produto não for fresco, se o chef estiver “cansado” de determinada proteína ou simplesmente inspirado para criar um prato novo, então os ditos “clássicos” podem simplesmente não estar disponíveis num ou noutro dia.
Localizado no coração do bairro de Arroios, mesmo em frente ao Mercado, é aqui que Joaquim Saragga Leal se abastece diariamente numa relação de proximidade com os fornecedores locais. E Arroios é também o bairro onde coexistem mais de 70 comunidades estrangeiras, clientes assíduos desta escola de gastronomia portuguesa que é Os Papagaios.
Joaquim abre a porta do seu restaurante a outros chefs, cozinhas, sabores e inspirações de todas as regiões do país. É assim que arranca o ano com uma iniciativa que vem homenagear um dos pratos “astro” da cozinha tradicional portuguesa - o cozido. A 8 de fevereiro, quinta-feira, a proposta é o Cozido Barrosão do chef Bruno Pereira da Taberna da Eira, de Barroso.
Muito em breve a gaiola abrir-se-á novamente, desta vez para receber os ares e os comeres da Ilha da Madeira.
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