“Se um avião caísse na Floresta Amazónica, uma pessoa sobrevivesse e resolvesse criar um restaurante com o que encontra por lá, como seria? Segundo Mário de Andrade, fundador do Palaphita, o eco-lounge de Cascais foi idealizado, erguido e operado sob esses preceitos”. É desta forma que começa a descrição do Palaphita, o restaurante que é também em eco-lounge que se distingue dos demais espaços de restauração da Casa da Guia, em Cascais.

O seu fundador foi visionário ao criar este conceito, quando o mundo ainda não estava preocupado ou sequer se falava de sustentabilidade como a conhecemos hoje.

“Quando abri o primeiro Palaphita, há 20 anos, falava de sustentabilidade. Hoje penso na regeneração. Penso que se acontecesse algo e a gente abandonasse o espaço, a natureza tomaria conta, sem prejudicar o ambiente. Porque só utilizamos materiais regeneráveis. E também fazemos muito reaproveitamento do que vem da natureza”, explica Mario de Andrade. A ligação à Amazónia é óbvia. Mario nasceu em Manaus, capital do estado do Amazonas.

Assim, aqueles que visitem este espaço vão encontrar uma atmosfera primitiva, integrada organicamente no local. A estrutura destaca-se pelo uso de fibras renováveis, materiais descartáveis biodegradáveis e compostáveis, além de usarem materiais de limpeza biodegradáveis e de menor impacto ambiental. Na culinária, as hortaliças e os temperos vêm da própria horta que é cultivada no local.

A decoração baseia-se no conceito de arquitetura efêmera e que tem como base construções transitórias que podem modificar-se de acordo com o ambiente e o entorno natural, que se movimentam de acordo com a disponibilidade de materiais e as intempéries de cada lugar. É a natureza que dita as regras do seu layout.

Em termos de experiência gastronómica, a carta, com assinatura da chef Natacha Fink é bastante heterogénea, com opções vegetarianas e uma fusão entre pratos e elementos tradicionais portuguesas e brasileiras.

Nas entradas, destaque para dois couverts: o especial (14,8€), com azeitonas temperadas, queijo regional, chutney amazônico, maionese de castanha da Amazónia, e crackers e o verde (14,8€), com beringela grelhada com azeite de ervas, hortelã e crocante de castanhas amazónicas, pickles de cebola roxa com açaí, húmus tahine, tomatinhos, azeitonas, queijo de cabra e crackers.

Na secção Belisquetes, há diversos tipos de pica-pau à escolha. Dos tradicionais lombo (35€) e porco (25€), aos mais fora da caixa como camarão (30€) ou polvo (35€). Há ainda Crocante de bacalhau (16,5€), um bolinho de arroz e tapioca com bacalhau e queijo fundido da Serra da Estrela, servido com chutney amazónico, ou Pai d'égua (15€), um queijo coalho grelhado servido com geleia de caju.

Para almoço e jantar pode optar entre polvo (300 gramas, 36€), lombo (200 gramas, 34€), Caril de camarão (25,5€) ou Cogumelos da Guia (17,8€).

Primavera com sabor a Amazónia na nova carta do Palaphita
Primavera com sabor a Amazónia na nova carta do Palaphita créditos: Palaphita

Para uma refeição mais ligeira há sempre as incontornáveis opções no pão como prego plant-based (18,8€), Hot dog de polvo (19€), ou super hot dog (15,8€), entre outras.

Nas sobremesas, quadradinho de tapioca (8,5€), cheesecake de caju (8,5€) ou a tradicional mousse de chocolate (7,9€), que aqui é uma receita de família, são algumas das sugestões da carta.

Há ainda uma extensa carta de bebidas, com cocktails, vinhos ou cervejas.

O restaurante está aberto de sexta a domingo, das 12h às 22h e segundas a quintas, das 12h às 21h.