A Tod’s escolheu um depósito de elétricos para a estreia de Matteo Tamburini, que apresentou modelos com roupas elegantes, luxuosas e confortáveis para viajar, acompanhadas de bolsas de couro. O estilista, que era responsável pelo prêt-à-porter da Bottega Veneta, é um dos três diretores artísticos que estrearam esta semana em marcas italianas, ao lado do argentino Adrián Appiolaza, na Moschino, e de Walter Chiapponi, na Blumarine.

O desfile da Tod's era um dos mais aguardados, em parte graças ao embaixador da marca, o cantor e ator chinês Xiao Zhan. Sob luzes quentes e amarelas, os convidados receberam almofadas térmicas para combater o frio, enquanto assistiam a um desfile de calças sofisticadas e outras, mais clássicas, que transmitiam uma sensação de conforto, além de blusas e jaquetas.

Como a raízes da Tod's encontram-se nos sapatos, Tamburini revisitou o clássico mocassim Gommino da marca, conferindo ao mesmo um toque de modernidade ao adicionar franjas de couro na parte da frente.

No início do mês, a Tod's anunciou a entrada no seu capital do fundo de investimento L Catterton, apoiado pela gigante do luxo LVMH, que tem a família Della Valle como acionista maioritária.

Cavalli abandona estampas de animais

Apesar das estampas de animais fazerem parte do ADN de Roberto Cavalli, o estilista Fausto Puglisi inspirou-se no mármore para a sua nova coleção, dizendo adeus aos leopardos, guepardos, zebras e cobras característicos da marca italiana.

Puglisi transformou estes motivos complexos em veios com efeito mármore em tons de cinza, bege, branco, verde, amarelo mostarda e ametista. “Estava cansado das estampas de animais", comentou, após o desfile.

O estilista disse que se inspirou na sua coleção pessoal de mármore antigo. “Amo apaixonadamente", ressaltou, referindo-se ao mármore colorido encontrado por toda a Itália, seja em Pompeia ou nas igrejas barrocas de Roma.

Na Max Mara, o diretor artístico, Ian Griffiths, abriu quinta-feira o desfile da marca com o clássico sobretudo de lã. Numa coleção inspirada na escritora francesa Colette, Griffiths deu um volume sensual às jaquetas, transformando as mesmas em "bombers" elegantes, com um toque de leveza.