Os tempos mudaram e as luas de mel também. Ao contrário do que (ainda) sucede atualmente, em que os casais procuram passar tempo de qualidade juntos, depois de meses stressantes e cansativos de preparação de uma cerimónia que queriam perfeita, nem sempre foi assim. Antes da década de 1980 muitos aproveitavam esse período para visitar familiares que não tinham podido ir ao casamento.
Um passeio na linha do que o príncipe William fez com Kate Middleton a alguns dos países da Commonwealth pouco depois do enlace, com a diferença de que não viajavam rodeados de assessores nem viajavam de jatos particulares. Veja também a galeria de imagens de destinos de lua de mel inesquecíveis e galeria de imagens com as fotografias de casamento mais surpreendentes, muitas delas tiradas nas férias pós-casamento.
Hoje, quando se pensa em lua de mel, imaginam-se logo casais apaixonados em cenários idílicos, rodeados por um mar azul a perder de vista, praias de areia fina e muitos gestos carinhosos à mistura. Nesses pensamentos, não há telemóveis nem tablets e muito menos internet e Wi-Fi mas, na vida real, eles estão cada vez mais presentes na vida dos (novos) casais, com muitos a aproveitar para publicar fotografias nas redes sociais e até atualizar sites e blogues.
Kaz e Mariko Yamaguchi, do Japão, saltaram para as bocas do mundo na última semana de junho de 2016 por terem substituído as (já) tradicionais selfies pela gravação de pequenos filmes com um recurso a um drone. Apesar do casal já ter perdido o dispositivo por duas vezes, recusa-se a abandonar o projeto, que tem a duração de... 400 dias! «Quando estava a planear a nossa lua de mel, vi imagens aéreas de drones no YouTube», justifica o japonês.
As (más) recordações que muitas mulheres trazem da lua de mel
Além de luas de mel com prazos mais alargados, outra das tendências atuais, também tem vindo a aumentar o número de mulheres que regressam deste período com problemas de saúde acrescidos. «Uma lua de mel é suposto ser um período livre de preocupações com muito amor mas, muitas vezes, essa procura acrescida de sexo pode ser prejudicial para a mulher», adverte o médico David Samadi, colunista do DailyNews.
«É muito comum regressar de lua de mel com uma infeção urinária», afirma o especialista. «Os homens também podem desenvolver uma mas a percentagem nas mulheres é substancialmente maior», acrescenta ainda. «Uma atividade sexual mais frequente e prolongada pode irritar e inflamar a uretra e conduzir a uma infeção porque o sexo introduz bactérias no trato urinário», alerta ainda.
Apesar de não existirem números concretos, muitos especialistas no terreno garantem que o problema se tem vindo a agravar depois destas viagens, apesar da sexo ser indissociável destes retiros românticos desde sempre. Quando surgiu inicialmente, no século V, a lua de mel não passava de uma tradição em que, na noite de núpcias, o casal bebia uma espécie de aguardente de mel. Uma bebida afrodisíaca para estimular a cópula e incentivar a conceção.
Texto: Luis Batista Gonçalves
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