A cada minuto que passa a nossa pele está em constante atividade, seja para responder às agressões externas de que é alvo, seja para restabelecer o equilíbrio interior pela renovação celular. A sua saúde e aparência depende em grande parte destes ciclos naturais de regeneração, em que células novas tomam o lugar de outras que já cumpriram a sua função na epiderme. Embora natural e contínua, esta esfoliação espontânea tende a abrandar após os 30 anos, deixando a pele espessa e sem brilho. Os meses de maior exposição solar exigem cuidados acrescidos.
Ritual regenerador
Quando a pele demonstra dificuldade em livrar-se das células indesejadas entra em cena a esfoliação. Este procedimento visa, através de produtos com algum teor abrasivo, retirar as células mortas da camada superficial da pele, devolvendo a luminosidade inicial. Pode ser realizada em casa, através de cosméticos especificamente adaptados ao tipo de pele, ou em instituto, não devendo ser confundido com outros métodos como a microdermabrasão ou peeling, cujas indicações, modo de actuação e profundidade são distintas.
Da cabeça aos pés
A esfoliação pode ser feita em todo corpo, mas deve respeitar regras, sobretudo no que respeita ao tipo de produto e à frequência. No rosto, deve apenas usar esfoliantes específicos, de preferência suaves, e testar sempre numa pequena área antes de avançar. O corpo pode ser esfoliado até duas vezes por semana, aplicando um gel ou creme antes do duche e, depois, um hidratante nutritivo para restabelecer o equilíbrio hidrolipídico.
A periodicidade da esfoliação deve ser adaptada ao seu tipo de pele e nunca exceder as duas vezes semanais para o corpo e uma vez para o rosto. Existem ainda fórmulas para o couro cabeludo, mas dado destinarem-se a casos específicos, deve consultar o cabeleireiro ou dermatologista antes de usar.
Os benefícios
Para além dos efeitos mais imediatos (suavidade e luminosidade cutânea) a esfoliação reúne outras vantagens. Ao retirar as células mortas, torna a pele mais regular e receptiva aos princípios activos dos cosméticos, estejam eles presentes em fórmulas anticelulíticas ou num simples hidratante.
Na opinião de especialistas, esta prática pode também atenuar as rídulas e potenciar a acção dos cremes anti-envelhecimento. Estima-se ainda que, na pele oleosa, a esfoliação contribua para uma redução da oleosidade. Contrariamente, no caso da pele seca ou sensível, existe o risco de irritação cutânea. Reduzir a frequência e usar apenas fórmulas suaves são algumas das precauções a ter.
Como esfoliar
Se usa autobronzeador faça uma esfoliação semanal (corpo e rosto) e aplique o produto dois dias depois. A penetração será mais eficaz. Este é o modo de procedimento que muitos dermatologistas sugerem:
- Esfolie, uma vez por semana, os pés, incidindo na zona do calcanhar. Este gesto previne calosidades, deixa a pele mais suave e bonita.
- Na fase de maior exposição solar, opte por fórmulas suaves e reduza a frequência da esfoliação para não agredir a pele já sensível.
- Use, uma a duas vezes por semana, uma luva de crina no duche. Favorece a circulação, combate a celulite e deixa a pele rejuvenescida. Termine sempre com um bom hidratante.
Texto: Manuela Vasconcelos
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