É uma das inovações em termos de tratamentos estéticos. Funciona mediante ultra-sons, permitindo
cortar tecidos com muito mais precisão e minimizando o
risco de hemorragias.

O cirurgião plástico Biscaia Fraga já utiliza o bisturi ultrasónico
há alguns anos e reconhece os avanços recentes.

«A grande diferença é que a coagulação dos tecidos era
feita a quente. Actualmente, o tecido fica frio e as proteínas
dos tecidos não são alteradas. A grande vantagem
é a de se poder trabalhar junto aos nervos e olhos», assegura este especialista.

O bisturi converte a energia eléctrica
em mecânica e funciona a temperaturas mais baixas do
que os sistemas de electrocirurgia convencionais, diminuindo
o dano nos tecidos adjacentes à zona do corte.
«Num face-lift, a face fica muito menos inchada e a recuperação
é muito mais rápida», garante o especialista.

Resultados

Este procedimento estético permite realizar reconstruções mais
complexas e sofisticadas que as técnicas convencionais.
«No bisturi clássico, os tecidos levavam mais
tempo a recuperar. Com o bisturi ultrasónico, os
tecidos recuperam muito mais rapidamente porque
foram menos lesados», comenta o especialista.

Esta cirurgia está especialmente indicada para intervenções
de contorno corporal de abdómen, mama e nos
tecidos delicados, como a face e as pálpebras, e todos os
doentes em que se suspeite que possa haver complicações
(diabéticos, por exemplo). «O acto cirúrgico é mais
rigoroso e há menos complicações», recomenda Biscaia
Fraga.

O inconveniente é o preço, porque o aparelho
é muito mais caro do que o anteriormente utilizado. Tem, no entanto, uma grande vantagem. O seu uso melhora notavelmente
o período pós-operatório, reduzindo tanto
a duração do mesmo como os dias de drenagem.
Custa entre 750 e 3.500 €.

Texto: Cláudia Pinto