“Violência doméstica é a violência explícita ou velada, praticada dentro de casa, usualmente entre parentes. Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, violência contra a mulher, maus-tratos contra idosos, e a violência sexual contra o parceiro.”

Violência física — envolve agressão directa, contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objectos e pertences do mesmo.

Violência psicológica — envolve agressão verbal, ameaças, chantagem e manipulação, gestos e posturas agressivas;

Violência socioeconómica - envolve o controlo da vida social da vítima ou dos seus recursos económico-financeiros.

Em geral, os homens que exercem violência sobre as mulheres fazem-no longe da vista de parentes, amigos, familiares e colegas de trabalho.

A maioria dos casos de violência acontece nas classes financeiras mais baixas. As classes média e alta também têm casos, mas as mulheres denunciam-nos menos por vergonha e medo de se exporem e à sua família.

Como seres gregários, as relações amorosas de intimidade são uma parte fundamental e profunda no nosso universo emocional e espiritual.

Precisamos uns dos outros para obter a tão ambicionada qualidade de vida (auto-realização, assertividade, identidade e coesão, altruísmo e confiança, cumplicidade e afecto).

Continua

Todavia, acontece conhecermos pessoas que de inicio se revelam especiais, afectuosas, tolerantes, mas que a médio ou longo prazo tornam-se disfuncionais e abusadoras.

Ao longo da minha experiência profissional, tenho constatado que as mulheres afectadas por comportamentos adictivos estão mais expostas e vulneráveis a situações de abuso.

Todos nós, homens e mulheres, tememos essa eventualidade, porque quando nos envolvemos com alguém o que nos atrai nessa pessoa são as suas características positivas, talentos, e desejamos partilhar e crescer emocionalmente (dar e receber) para que a relação se desenvolva naturalmente.

Por vezes, é extremamente difícil definir limites saudáveis numa relação, porque o abuso instala-se de uma forma subtil e progressiva.

A maioria de nós já se viu envolvido em relações disfuncionais; em que nos sentimos enganados, traídos, com dor, vergonha e culpa, ódio, inseguros, isolados, chocados, rejeitados, ciúme extremo, angustiados, humilhados, que desejamos terminar com aquele suplício ou o oposto, em que já magoamos seriamente alguém.

Costumo dizer que as pessoas nos desiludem, mas nós também desiludimos os outros.

Contudo, podemos sempre mudar hábitos e crenças disfuncionais que possam perpetuar o abuso, e adoptar atitudes e comportamentos que favoreçam a tolerância pela diferença, a dignidade e o respeito, a confiança, a honestidade, a empatia nos relacionamentos íntimos.

João Rodrigues
Técnico de aconselhamento de comportamentos aditivos.
Formação em Inglaterra (Farm Place e Broadway Lodge)
e nos EUA (Hazelden Foundation).
Consultas directas: Tmv 91 488 5546

Blogs:

Prevenção das Dependências

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Recuperar das Dependências

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