O conceito de amor é muito simples: é um sentimento que surge levando as pessoas a uma aproximação com a intenção de cuidarem, protegerem e conservarem a pessoa que amam. É algo fundamental à natureza humana e é uma experiência muito pessoal e, por vezes, inexplicável. No entanto, é algo que pode originar alguma confusão, falta de discernimento, sentimentos de pertença exagerados, etc... e é aqui que as coisas se podem complicar. Aqui e quando o cérebro e o coração 'pensam' de maneira distinta.
Os tipos de amor são variados e podem coexistir ou vividos separadamente, dependendo das diferentes etapas da vida, experiências, etc... tal como a maneira como se sente. No entanto, a base é sempre a mesma... a necessidade de ligação ao outro.
Amor romântico
Existe uma ligação afetiva entre duas pessoas; envolvendo um cuidado recíproco; e sexual, onde a paixão e desejo são caraterísticas. A libertação de endorfinas (hormona do prazer e bem estar) é uma constante e é desencadeada pelo toque, olhar (ou outro) do parceiro. Este irá influenciar e será influenciado pelo batimento cardíaco, transpiração, bem estar, etc... No entanto, todo este prazer e excitação andam de mãos dadas com sentimentos de insegurança, medo, perda, entre outros.
Neste âmbito podem-se encontrar diversas situações que podem ou não levar a um relacionamento duradouro ou a um grande amor. Por vezes, aquilo que pode começar como admiração, uma grande paixão e expetativas podem simplesmente desvanecer-se com o tempo, sem que hajam grandes explicações. Expetativas defraudadas apesar de duas pessoas se darem bem são comuns. Por outro lado, há pessoas que sentem que não têm grande vínculo uma com a outra, mas não estão dispostas a ficar sozinhas e como até gostam uma da outra, acabam por ficar juntas. Outras fingem que está tudo bem, mesmo sabendo que não têm nada a ver um com o outro, porque a vontade de estar com alguém ou de viver um grande amor é tão grande que nem têm noção o quão estão a empatar a sua vida. A contrapor, há casais que vivem vidas simples, rotineiras para alguns, sem grandes dúvidas ou outros que passam por diversas dificuldades e mantêm-se sempre juntos.
Amor companheiro
Muitos relacionamentos podem iniciar-se a partir daqui e muitos que estão na fase acima podem converter-se nesta. O amor companheiro não é nada mais nada menos do que uma grande amizade e também nesta há sentimentos grandes de pertença, de compromisso e intimidade. A cumplicidade que aqui está implícita pode fazer com que sejam despoletados determinados sentimentos que levam a uma fase romântica como também o inverso. Com a rotina e a vivência, muitos casais românticos passam a viver uma vida de companheirismo.
Fica a ressalva... muitas vezes é fácil confundir-se aquilo que é uma grande amizade com algo mais. Deve ter consciência dos seus sentimentos em relação ao outro porque acabar com uma grande amizade por uma tentativa romântica é algo que não vale a pena. Se adora o outro e pensa que pode ser o seu grande amor, mas não sente nenhum tipo de química é porque provavelmente isso não passa de uma grande amizade.
Amor compaixão
Esta forma de amor é mais altruísta, até porque está diretamente relacionada com apoio mútuo em momentos mais difíceis. Promove-se um ambiente de bem estar - podendo (conscientemente ou inconscientemente) ser percecionado como benefício futuro – e ocorre quando um dos parceiros está perante um período difícil e a precisar de um cuidado extra.
Amor vinculativo
Este laço ocorre logo na infância e é o que vai desencadear o sentimento de amor. É nesta primeira fase que se obtém de outro o conforto, carinho e segurança, bem como os ensinamentos para a vida futura no que concerne a futuros relacionamento e à forma como se lida com a aproximação, perda, etc...
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