A frigidez ou inibição do desejo sexual deve-se muitas vezes a preconceitos, crenças ou educação imprópria e à forma como a mulher vê o seu próprio corpo.

Alibidimia, mais conhecida por frigidez, é uma doença que pode ser de natureza física ou psicológica. Podemos distinguir frigidez primária, que começa em idade jovem, de frigidez secundária, que surge como consequência de determinado evento que ocorre numa fase mais avançada da vida. A apatia sexual da mulher acaba por tornar-se problemática numa relação quando começa a recusar ou evitar intimidade sexual e este comportamento provoca discussões, acusações e confusão.

Tratamento da frigidez
O tratamento da frigidez começa com a seguinte pergunta: “Quantas mulheres, na sua opinião, se masturbam antes e durante o casamento”? O primeiro e mais importante conselho dado por um terapeuta é o seguinte: “Vá para casa e masturbe-se”. O seu parceiro também tem que participar. Em Lo Piccolo, de 1978, e Lobitz foi desenvolvido um programa de nove níveis, que serão descritos em seguida:

• O casal tem de se abster de actividade sexual que envolva o coito (penetração). A mulher tem de observar cuidadosamente o seu corpo e órgãos genitais ao espelho até se sentir confortável consigo mesma.

• Segue-se a exploração do seu corpo, particularmente a área genital. Isto é algo difícil de fazer para algumas mulheres, já que acham que os seus corpos são sujos e enojantes. A mulher vai gradualmente superar a resistência, através da persuasão persistente de um terapeuta e do seu parceiro.

- A mulher explora o seu corpo, centrando-se nas zonas que a fazem sentir bem, algo que consegue por estimulação. Não deve parar de tocar o seu clítoris nesta fase. Deve consciencializar-se que o corpo faz parte dela e que pode sentir sensações agradáveis que não são pecaminosos nem sujos.

- Quando começa a conhecer o seu corpo, começa também a descobrir o clítoris. Um terapeuta ensina-lhe as técnicas de masturbação, mas ela pode aprender explorando o seu próprio corpo. Pode ser proveitoso ver filmes educacionais.

- Se ainda assim não conseguir atingir o orgasmo, tem de continuar a masturbar-se mais intensamente e durante mais tempo, até 45 minutos. Se achar que usar material pornográfico a ajuda, deve considerar esta opção. As fantasias sexuais são normalmente pobres e pouco intensas em tais mulheres.

- Em casos extremos, quando a mulher ainda não consegue atingir o orgasmo, é recomendado o uso de um vibrador para massajar o corpo. A prática mostra que, em pelo menos três semanas (45 minutos por dia) todas as mulheres atingem o orgasmo. O parceiro ainda não pode praticar o coito.

- Agora o tratamento é direccionado para tornar a mulher capaz de atingir o orgasmo na presença do seu parceiro, ou com a sua ajuda. O primeiro passo é a masturbação na presença do parceiro.

- Agora o parceiro tenta satisfazê-la da mesma forma que ela dá prazer a si própria, ou seja, com as mãos ou com o vibrador.

- Quando a mulher atinge o orgasmo, os parceiros podem tentar ter relações sexuais. É importante que o parceiro ajude a mulher ao estimular-lhe o clítoris, ajudando-a a escolher a posição apropriada e tendo relações sexuais para que esta atinja o orgasmo.

Diferentes métodos de tratamento

O método descrito é apenas um entre os muitos e diferentes que existem. O método descrito tem sido testado e ajuda as mulheres a ter uma vida sexual normal, o que enriquece o relacionamento. Se tem inibição do desejo sexual, é necessário consultar um terapeuta, para que este determine as causas da doença e receite o tratamento mais adequado. O método só tem efeito num determinado tipo de mulher, se o distúrbio for de ordem psicológica. Se a doença é de natureza física, é necessário efectuar um tratamento hormonal ou cirúrgico.

Por T.P.
(PhotoXpress)

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