Um dos problemas mais comuns nestes produtos é o facto de conterem pequenas peças que se desprendem ou são fáceis de arrancar. Uma vez soltas, estas peças podem ser engolidas ou inaladas e provocar o risco de asfixia, sufocação ou ferimentos. Entre as falhas frequentes nas características dos brinquedos analisados estão ainda a fraca resistência ao embate e o fácil acesso ao compartimento das pilhas.

Outra questão alarmante é o facto de muitos brinquedos não mencionarem de forma clara a idade a que se destinam. A omissão pode levar a que se considere que se adequam a qualquer idade, incluindo menores de 3 anos. Na atual lei, a indicação da idade recomendada é facultativa, o que coloca em risco a segurança dos mais novos.

O uso da marcação “CE” é mais uma das práticas dos fabricantes de brinquedos que pode levar a escolhas pouco informadas, já que este símbolo não constitui uma garantia de segurança. Há ainda fabricantes e distribuidores que, recorrentemente, vendem produtos com falhas, resultado de uma produção pouco controlada ou com padrões pouco exigentes.

Para ajudar a resolver estas questões e proporcionar brincadeiras mais seguras, a DECO PROTESTE defende a criação de mecanismos que permitam avaliar os brinquedos de forma independente. A par desses instrumentos, são apontadas outras vias possíveis, como a criação de uma base de dados europeia para registo de acidentes provocados por brinquedos, e de legislação que defina sanções progressivas para os casos de falhas reincidentes.

Há 24 anos que a DECO PROTESTE testa brinquedos e que neles deteta a existência de produtos perigosos. Em laboratório, simulam-se as brincadeiras normais das crianças e são utilizados aparelhos de medida para verificar a segurança dos brinquedos.

As provas laboratoriais avaliam ainda a presença de pontas aguçadas e aspetos relacionados com a tensão, a queda e o impacto. São também feitas provas de inflamabilidade, quando o material do brinquedo o justifica, químicas e de ruído. No total, cada brinquedo pode ser sujeito até 15 ensaios diferentes.

Dicas para verificar a segurança dos brinquedos

Mesmo sem aceder a um laboratório, há cuidados que pode ter para potenciar a segurança dos brinquedos que oferece aos seus filhos.

  • Em primeiro lugar, opte por artigos adequados à idade e ao desenvolvimento da criança. Leia os avisos de segurança e as instruções. Se estes não existirem ou não estiverem disponíveis numa língua que domine, escolha outro brinquedo.
  • Se a embalagem do brinquedo for de plástico, remova-a antes de o oferecer à criança. Verifique se o compartimento das pilhas está fechado e que só pode ser aberto com ferramentas. Passe os dedos pelas extremidades do produto, para confirmar que não há risco de magoarem a criança. Veja se possui peças pequenas (como rodas) e que caibam dentro de um rolo vazio de papel higiénico. Se for esse o caso, será melhor optar por outro produto.
  • Caso compre brinquedos com fios compridos, garanta que estes não excedem os 22 cm (para que a criança não os consiga enrolar à volta do pescoço). Se tiverem pés dobráveis (como é o caso dos quadros escolares), certifique-se que as pernas de suporte possuem um sistema de segurança e não fecham completamente, para evitar dedos entalados.
  • Evite que as crianças mais novas brinquem com os brinquedos das mais velhas se estes representarem um risco potencial para elas. Reveja com frequência o estado dos brinquedos e deite-os fora se estiverem danificados. Guarde sempre os dados do fabricante ou importador, pois serão necessários em caso de acidente.

Veja mais informação sobre a segurança dos brinquedos e como são testados no site da DECO PROTESTE.