Trata-se de uma experiência complexa para pais e filhos. A passagem de uma criança pelo hospital provoca sentimento difíceis de gerir. O isolamento, a ausência de objetos e espaços familiares e a própria dor física desencadeiam emoções como ansiedade, angústia ou medo. O que talvez poucos saibam é que esses sentimentos devem ser tratados com todo o empenho, sob pena de dificultarem o processo de cura do problema que levou ao internamento.
A Fundação Jaime Alonso Abruña, organização sem fins lucrativos, alerta para a importância desta dimensão psicológica na evolução do tratamento de crianças hospitalizadas. E forneceu cinco pistas ao jornal ABC que podem ajudar os familiares destes jovens a lidarem melhor com a situação
Comunicação sincera
As crianças são as protagonistas deste processo, e é importante que não se sintam alheias a ele. Deve-se explicar-lhes a situação numa linguagem acessível. Muitas vezes, as famílias não são sinceras e isso pode revelar-se contraproducente. Por exemplo, no que toca a prazos, tendem a dizer que tudo ficará bem depressa. Não é uma boa ideia. Promessas não cumpridas fazem com que as crianças se sintam enganadas e frustradas.
Decisões em conjunto
Havendo uma comunicação saudável com a criança, o próximo passo é incluí-la no processo de tomada de decisão. Não exatamente sobre o seu tratamento, mas relativamente à sua estadia.
Pedir ajuda
A família também precisa de apoio psicológico: quando uma criança entra no hospital, torna-se o centro do universo para todos os membros do clã. Mas essa família está psicologicamente fragilizada e as conseqüências acabarão por fazer-se sentir também sobre a criança. É importante pedir ajuda.
Fundamental descansar
Um dos fatores de maior stress é a falta de descanso. “A qualidade do tempo que passamos com os nossos filhos no hospital é essencial para eles e piora se não descansarmos o suficiente: estamos mais stressados, mais sensíveis e muito mais irascíveis, o que não ajuda nada”, lembram os especialistas
Atitude positiva
Os sorrisos têm superpoderes. Assumir uma atitude positiva em relação à situação pode marcar o desenrolar dos acontecimentos. Se os adultos conseguirem munir-se de energia positiva, vão influenciar a visão dos mais novos relativamente ao seu estado. E isso ajudará, sem dúvida, no processo de cura.
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