Envolvendo também o Agrupamento de Escolas de Búzio e a FORESP - Associação para a Formação e Especialização Tecnológica, o protocolo visa o funcionamento de cinco cursos técnicos superiores profissionais já aprovados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

"É a primeira vez que Vale de Cambra tem Ensino Superior e os cursos escolhidos correspondem às necessidades laborais da região", declarou à Lusa o presidente da Câmara Municipal, José Pinheiro. "Fizemos uma auscultação às empresas, ouvimos o que nos disseram sobre o que lhes fazia falta, registámos as suas necessidades e, dentro do que era possível, criámos estes cinco cursos para garantir que elas encontram os profissionais que procuram", realçou o autarca.

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100% de empregabilidade 

Um dos cursos é de Automação, Robótica e Controlo Industrial, sendo que a esse se juntam também os de Sistemas Eletromecânicos e Tecnologia Mecânica, além do de Georrecursos, Construção e Ambiente, e ainda o de Energia, Eficiência e Sustentabilidade.

"São temas que correspondem sobretudo às necessidades das indústrias de metalomecânica e de tecnologias, e que garantem uma empregabilidade na ordem dos 100%", realçou José Pinheiro.

Sob tutela pedagógica do ISEP, os cursos serão ministrados na Escola Tecnológica de Vale de Cambra, que é detida pela FORESP e cujos recursos atuais serão complementados com estruturas da Escola EB 2,3 e Secundária de Búzio, nas imediações, que disponibilizará aos alunos do ensino superior valências como cantina e biblioteca.

"Dada a proximidade entre os dois edifícios, esta solução permite maior economia de meios e uma rentabilização de recursos", defendeu o presidente da Câmara.

Quanto à divulgação da nova oferta formativa deste concelho do distrito de Aveiro, o autarca disse que ela arrancará "no imediato", mas nota que o funcionamento efetivo dos cursos técnico-superiores dependerá sempre da observação de um número mínimo de inscrições.

"A lotação de referência para cada curso é de 20 alunos e a nossa expectativa é que a procura seja significativa, já que estamos a falar de especializações com garantia de empregabilidade e com salários muito acima da média para quem está a entrar no mercado de trabalho", argumentou José Pinheiro.