Chama-se Maria Dolores Hernandez a enfermeira espanhola que criou um braço artificial para confortar bebés que não podem contar com a presença dos pais. O protótipo, batizado como Amb, nascido em Valença e apresentado no VI Congresso Internacional de Pediatria, recebeu um premio pelo seu carácter inovador.
Dolores Hernandez explicou ao jornal ABC que o seu engenho tenta simular “aquele abraço que conforta e que parece ter o poder de curar o corpo e a alma”. A enfermeira concebeu uma espécie de cama que “simula um tronco humano e equipada com braços articulados que transmitem calor e som ao recém-nascido”. O seu objetivo é “reduzir o stress e proporcionar uma sensação de segurança e proteção ao bebé”.
O invento foi testado em bebês da unidade neonatal do Hospital Casa de Salud de Valencia, onde Maria Dolores trabalha. “Durante o tempo em que estiveram com o Amb, os recém-nascidos ficaram mais confortáveis, houve uma redução do seu tempo de choro e uma diminuição da regurgitação”, explicou a enfermeira ao site LetsFamily.es, sublinhando que esta almofada pode ser “uma ferramenta válida para o desenvolvimento de terapias e tratamentos com recém-nascidos”.
O “Amb” é composto por um reprodutor de batimentos cardíacos integrado, passa música relaxante, tem um gravador de voz, usa gráficos de enfermagem e um oxímetro de pulso que serve para medir a saturação de oxigênio no sangue do bebé e a sua frequência cardíaca.
O que um abraço faz ao bebé
Anna Chiesa, professora da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, enumera as virtudes que um abraço representa para o crescimento do bebé.
- Reproduz o ambiente intrauterino
- Ajuda a desenvolver o cérebro
- Aumenta a capacidade de enfrentar o medo
- Fortalece o sistema imunológico
- Promove a autoestima
- Contribui para a socialização
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