A proposta “Aquisição do Passe Monomodal “Estudante-Maré” de Transporte Público para Jovens com Idade Igual ou Superior a 13 anos, Estudantes do Ensino Público Não Superior, Matriculados nas Escolas do Concelho de Matosinhos” foi aprovada por unanimidade pelo executivo municipal em reunião pública.

Esta medida, que visa complementar a entrada em vigor na Área Metropolitana do Porto da gratuidade dos passes Andante para os jovens com menos de 13 anos, vai abranger cerca de 8.000 a 9.000 estudantes, referiu o vereador dos Transportes e da Mobilidade, José Pedro Rodrigues.

Esta gratuitidade prolongar-se-á até os alunos concluírem o ensino secundário, reforçou.

Um dos objetivos passa por contribuir, de forma direta, para uma maior utilização dos transportes públicos pelos estudantes de todo o concelho, no distrito do Porto, e seus familiares, disse.

Diminuir a utilização do transporte individual nas deslocações casa-escola, evitando constrangimentos devido à acumulação de carros junto às escolas, e criar um novo paradigma de utilização dos transportes públicos por parte das gerações mais novas e estabelecer alicerces para uma mudança de mentalidades quanto à manutenção do automóvel próprio são outros dos propósitos, vincou.

José Pedro Rodrigues salientou que é necessário promover, de imediato, políticas de promoção da utilização dos transportes públicos junto das gerações mais jovens.

A mudança de mentalidades não se consegue a curto prazo, daí a importância de se apostar na criação de hábitos, considerou.

O passe “Estudante-Maré” tem um custo estimado de 1,5 milhões de euros por ano, assegurando a autarquia até 500 mil euros deste investimento e a operadora ViaMove o restante.

Para usufruírem do passe gratuito basta inscreverem-se na página www.maredematosinhos.pt, cuja inscrição estará disponível a partir de agosto, sustentou José Pedro Rodrigues.

A nova operadora de transportes públicos de Matosinhos – ViaMove – entrou em funcionamento em janeiro.

A empresa ViaMove, detida em 51% pelo Grupo Barraqueiro e em 49% pela Resende, substituiu a operadora Resende, cuja concessão terminou em dezembro de 2018 por ser alvo de críticas por má qualidade dos veículos, relatos de sucessivos atrasos ou falhas de carreiras.