
"Dessa matéria em particular falarei depois de falar com o senhor primeiro-ministro", disse o chefe de Estado, quando questionado sobre a polémica do fim dos contratos de associação com escolas ou colégios privados.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à saída da cerimónia de apresentação da Coleção Digital de Livros Infantis Zero Desperdício, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Na segunda-feira, cerca de meia centena de pais, professores e funcionários de dez escolas particulares e cooperativas deixaram feira mais de 50 mil cartas na residência do primeiro-ministro, no Palácio de São Bento, e outras 50 mil no Palácio de Belém.
“Há cartas de alunos que dizem ‘deixem-me continuar na minha escola’. Outras dizem: ‘não fechem a minha escola’. São mensagens pessoais”, resumiu Renato Cruz, porta-voz do movimento.
As cartas - escritas por alunos, encarregados de educação e funcionários – pedem, no essencial, a suspensão do despacho do Ministério da Educação, que veio definir que, a partir do próximo ano, só serão financiadas as turmas que se encontrem em zonas sem oferta pública.
A equipa liderada pelo ministro Tiago Brandão Rodrigues prometeu, no entanto, que não iria retirar o financiamento das turmas até que estas terminassem o ciclo de estudos em que se encontravam. Ou seja, em causa está a abertura de novas turmas de 5.º. 7.º e 10.º anos.
Comentários