Desde 2001, Portugal reduziu quase para metade o número de mortes de crianças por lesões e traumatismos, acabando de subir 7,5 pontos na tabela europeia de segurança infantil. Estes dados surgiram no Perfil e Relatório de Avaliação da Segurança Infantil 2009 apresentado hoje em simultâneo nos 27 Estados-membros: aqui, Portugal surge com 27,5 estrelas (a pontuação atribuída pela Aliança Europeia de Segurança Infantil), o que constitui uma evolução face às 20 estrelas que ostentava no documento referente a 2007.
Segundo Sandra Nascimento, presidente da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), membro da Aliança Europeia, «no último relatório, que se baseia em dados de 2001, Portugal tinha uma taxa de mortalidade infantil em acidentes de 31,63 por 100 mil habitantes, enquanto neste relatório, com base em dados de 2003, já se verifica uma taxa de 14,98, ligeiramente acima da média europeia, que se situa nos 14,18».
As lesões e os traumatismos continuam a ser a principal causa de morte nas crianças e adolescentes entre os 0-19 anos, em Portugal (25% do total das mortes). Contudo, houve uma redução acentuada no número de mortes entre 2001 e 2005 (menos 151 mortes). De acordo com os dados do INE, em 2001, registaram-se 427 mortes de crianças e adolescentes por lesões e traumatismos. Em 2005, morreram 276, sendo que 197 destes casos ocorreram por lesões não intencionais (acidentes). Conseguiu-se assim, em quatro anos, reduzir o número de mortes de crianças e adolescentes quase para metade.
Em 2003, Portugal conseguiu poupar 29 mil anos de vida potencial perdida O perfil de Portugal, revela que em 2003, as mortes de crianças resultantes de lesões e traumatismos representavam mais de 20.000 anos de vida potencial perdida em mortes prematuras e evitáveis. Relativamente a 2001 (49.000 anos de vida potencial perdidos), Portugal reduziu este número para menos de metade.
Dez mil crianças morrem todos os anos na União Europeia devido a acidentes, o que equivale a 25 mortes por dia, indica o mais recente relatório da Aliança Europeia de Segurança Infantil.
6 de Maio de 2009
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