Em declarações à agência Lusa, a comandante Nádia Rijo, porta-voz da Marinha, disse que a vítima mortal, na "faixa etária" dos 15 anos, esteve "desaparecida dentro de água" cerca de 30 minutos, num período que mediou entre o alerta - dado ao início da tarde de hoje, pelas 13:21, para "dois banhistas em dificuldades"- e o seu avistamento, tendo sido retirada do mar e socorrida na praia, mas o óbito acabaria por ser declarado no local.
Outro jovem, sensivelmente da mesma idade, foi retirado da água "em paragem cardiorrespiratória", por surfistas que se encontravam nas imediações, mas esta situação clínica acabou por ser revertida ainda no areal por elementos do projeto "Sea Watch" e da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), adiantou a mesma fonte.
O ferido grave, um rapaz de 14 anos, foi transportado para o Hospital Distrital da Figueira da Foz, onde se encontra "estável, com prognóstico reservado e em observação", disse, por seu turno, fonte da unidade de saúde.
Segundo várias fontes, as duas vítimas integravam um grupo mais alargado, oriundo de uma instituição de apoio a jovens da zona de Coimbra, que foi acompanhado no local por um psicólogo do INEM.
Na altura do acidente a maré estava a subir e a porta-voz da Marinha notou que não existia "nenhum aviso de mau tempo" ou de forte agitação marítima no local.
"Mas o mar não estava calmo, teria alguma agitação, é uma praia não vigiada numa zona muito propensa a forte rebentação", indicou Nádia Rijo.
Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra, as operações de socorro envolveram 15 operacionais e quatro viaturas do INEM, bombeiros voluntários de Cantanhede e Autoridade Marítima, e, ainda, de acordo com a Marinha, uma moto de água e uma lancha da estação salva-vidas da Figueira da Foz, bem como a colaboração de nadadores-salvadores de praias próximas.
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