Morinari Watanabe explicou hoje, em declarações à agência noticiosa France-Presse à margem dos Jogos Asiáticos, que "atletas ou familiares de atletas" poderão ligar para a linha de qualquer parte do mundo.

Oito atletas que mais parecem de outro planeta
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A resposta da FIG surge meses após a condenação de Larry Nassar, antigo médico da seleção norte-americana, culpado de abusar sexualmente de mais de 265 vítimas, entre elas perto de 160 ginastas, ao longo de duas décadas, além do brasileiro Fernando de Carvalho Lopes, antigo treinador da seleção brasileira, acusado por mais de 40 vítimas.

Esperadas mais de mil chamadas

Segundo Watanabe, a linha telefónica é uma das medidas de um plano mais global da FIG para criar a Fundação de Ética na Ginástica.

O plano será votado pelas federações nacionais em dezembro, mas a presidente estima que "mais de mil pessoas possam ligar para denunciar casos de assédio e abuso" no primeiro ano, afirmando ainda esperar que o número reduza para metade no segundo.

Segundo a presidente, a linha telefónica poderá dissuadir potenciais agressores de agir, mas também levar a uma mudança dentro da cultura de ginástica, com "mais comunicação entre treinadores e pais" e a colocação de mais poder nas mãos de atletas e famílias e menos no 'staff'.