Os potenciais clientes são as crianças com idades compreendidas entre os 06 e os 12 anos, segundo o estudo de 54 páginas, realizada pelo Centro de Política de Violência, uma associação que luta contra as armas de fogo.

“Como os seus primeiros clientes estão a ficar velhos e a morrer, a indústria de armas de fogo redirecionou a sua atenção para as crianças dos Estados Unidos. Assim como a indústria de tabaco procura novos fumadores para substituir os velos, os fabricantes de armas procuram novos atiradores a quem vender os seus produtos letais”, sublinha o relatório.

Para salientar os esforços do marketing para direcionar o produto para as crianças, o centro dá como exemplo uma espingarda projetada especialmente para crianças, com uma gama de cores brilhantes, inspirada em lápis de cores.

Aquelas espingardas são propositadamente feitas com mais plástico, para que sejam mais atrativas para as crianças.

A campanha é apoiada pela poderosa Associação Nacional de Espingardas, o principal ‘lobby’ de armas dos Estados Unidos, que está a trabalhar para convencer os pais a oferecer aos seus filhos um primeiro contacto com as armas.

Hoje, um terço das crianças norte-americanas vive numa casa com pelo menos uma arma. Dois milhões vivem perto de uma arma não segura, refere a Everytown, uma organização pela segurança.

Nos Estados Unidos, são registados semanalmente graves acidentes que envolvem uma criança e uma arma.

Em algumas zonas do país, as armas de fogo tornaram-se na segunda maior causa de mortalidade infantil, depois dos acidentes rodoviários.