O projeto, com início previsto para o ano letivo 2023/2024, vai colocar mentores em sala de aula para colaborarem com os professores no acompanhamento das turmas, dando apoio nas disciplinas que a escola considere que sejam mais necessárias.
Segundo explica a Câmara de Cascais, os mentores “são jovens licenciados com competências de comunicação, liderança e colaboração”.
Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz (PSD), explicou que este projeto é feito em parceria com os agrupamentos de escolas e com os professores, visando “ melhorar a qualidade da escola pública e dotá-la de mais ferramentas”.
“Nós temos tido um diálogo permanente com as escolas, com os professores, com os conselhos pedagógicos e percebemos que temos de apoiar a escola pública no sentido de a municiar das ferramentas necessárias e suficientes para garantir mais qualidade e melhores condições”, apontou.
Questionado pela Lusa sobre se os professores estariam disponíveis para aceitarem a presença de outra pessoa na sala de aula, o autarca negou que o projeto de mentoria tenha “qualquer intenção de substituir o trabalho dos professores”, nomeadamente durante períodos de greve.
“Nunca este projeto existe para substituir os professores. Não é o nosso papel e o direito à greve é um direito constitucional. É um projeto com a comunidade escolar, para a comunidade escolar e nunca contra ninguém ou para substituir alguém” ressalvou.
Também no âmbito deste projeto vai ser ministrado, a partir do próximo ano letivo, a alunos do secundário a disciplina de computação, que surge após a realização de um projeto-piloto no agrupamento de escolas Frei Gonçalo de Azevedo, na freguesia de São Domingos de Rana.
“Os conhecimentos de informática, em especial da programação, são, cada vez mais, uma competência diferenciadora e valorizada”, justificou.
Este programa vai abranger também os professores do 2.º, 3.º ciclo e ensino secundário, que poderão frequentar formações em pedagogia e ensino partilhado ou em computação.
A Câmara Municipal de Cascais estima que, até ao final do ano letivo de 2025/2026, o programa abranja mais de 14.500 alunos do ensino público do concelho, incluindo 3.600 do ensino da computação, num investimento de cerca de 3,7 milhões de euros.
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