"Ensinamos inglês, francês, alemão, português, italiano e espanhol como língua estrangeira. Atualmente temos 20 salas de aula, com aulas entre as 07:00 até às 20:00 horas", explicou a diretora à Agência Lusa.

Segundo Irma Brito o programa de ensino da língua portuguesa está associado à Universidade Central da Venezuela e ao Instituto Camões.

"Desde há 20 anos que temos as melhores relações com a Embaixada de Portugal, com o Instituto Camões e o trabalho que temos feito com o português e a cultura portuguesa tem sido bem interessante", disse.

Por outro lado, explicou que além dos lusodescendentes há cada vez mais venezuelanos interessados em aprender a língua de Camões, cada um deles com objetivos específicos, que vão desde conseguir melhor posição profissional a emigrar.

"São venezuelanos por nascimento e lusodescendentes. Também muitos venezuelanos que querem aprender português porque temos uma comunidade lusa numerosa, no país, que se integrou na cultura venezuelana e que tem um espaço entre os venezuelanos para a cultura e o idioma. E, é isso que estamos promovendo", frisou.

Segundo Irma Brito, Portugal e a Venezuela são países "com culturas próximas".

"Queremos que as pessoas entendam que esses laços culturais justificam uma maior proximidade através do idioma. Queremos que os nossos estudantes venezuelanos e lusodescendentes aprendam a falar e a manejar o idioma com propriedade", frisou.

Em quanto aos requisitos para estudar, explicou que o único que exigem aos estudantes é que se inscrevam no curso correspondente à sua idade, para crianças e maiores de 15 anos, sublinhando que os preços são dos mais baratos do mercado local.

Em quanto à crise no país, explicou que "fez surgir áreas, necessidades pessoais" não previstas.

"Nas circunstâncias atuais a maneira adequada de aproveitar o tempo é formando-se, preparando-se. As pessoas sabem que faltar uma língua estrangeira é um instrumente que abre muitas portas nacional e internacionalmente", disse.

Irma Brito, explicou ainda que os alunos venezuelanos, mais jovens, estudam porque "pensam em emigrar para estudar" enquanto que os lusodescendentes querem essencialmente "fortalecer os laços familiares" e com Portugal.