Esta medida, que consta das linhas gerais do programa eleitoral do PS, foi destacada por António Costa no debate televisivo que teve com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

Falando sobre as propostas com que se apresenta às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, para as quais pede uma maioria, o secretário-geral socialista defendeu que tem uma resposta concreta para “a necessidade da transição geracional dos professores”.

Neste capítulo, o líder do PS e atual primeiro-ministro afirmou querer acabar “de uma vez por todas com este absurdo que é [a carreira docente] ser a única carreira no conjunto do Estado em que durante décadas as pessoas têm de obrigatoriamente se apresentar a concursos e andar com a casa às costas e andar de escola em escola de quatro em quatro anos”.

“É mau para a qualidade educativa, é péssimo para a vida dos professores. Portanto, de uma vez por todas, temos de acabar com este modelo de concurso e acelerar a vinculação dos professores”, declarou.

No programa eleitoral do PS, em matéria de educação, entre outras medidas, prevê-se “alterar o regime de recrutamento, introduzindo fatores de estabilidade reforçada quer no acesso à carreira quer no desenvolvimento dos projetos pedagógicos, reduzindo, sempre que se justifique, a mobilidade entre escolas e possibilitando a vinculação direta em quadro de agrupamento ou quadro de escola”.

O PS promete também “criar incentivos à aposta na carreira docente e ao desenvolvimento de funções docentes em áreas do país onde a oferta de profissionais é cada vez mais escassa e onde a partilha de recursos se mostre fundamental para a manutenção de oferta educativa a formativa”.